Ação da CBA (CBAV3) fecha em queda de 9,7% após Bradesco BBI cortar recomendação para venda por ambiente desafiador

Dinâmica do mercado de alumínio continua desanimadora, segundo o BBI, com suave recuperação da demanda global até agora

Equipe InfoMoney

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As ações da CBA (CBAV3), ou Companhia Brasileira de Alumínio, desabaram nesta sexta-feira (14), após o Bradesco BBI cortar a recomendação para as ações da companhia. Os ativos CBAV3 caíram 9,71%, a R$ 4,65.

A recomendação foi cortada de neutra para underperform (desempenho abaixo da média do mercado, equivalente à venda), com o preço-alvo sendo cortado de R$ 6 para 2023 para R$ 4,50 ao fim de 2024, um valor 13% abaixo do fechamento da véspera.

Segundo os analistas que assinam o relatório, o ambiente está mais desafiador em relação às suas expectativas iniciais.

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A dinâmica dos lucros da empresa está ainda mais fraca do que o previsto, avaliam, projetando um Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, de R$ 23 milhões no 2T23, contra R$ 641 milhões no 2T22.

Já a dinâmica do mercado de alumínio continua desanimadora, segundo o BBI, com suave recuperação da demanda global até agora, além da produção chinesa aumentando na margem à medida que cresce a capacidade existente, além de nova.

Os analistas veem espaço para revisões nas projeções de lucro relevantes para baixo no mercado à frente as suas estimativas para Ebitda em 2023 e 2024, de R$ 160 milhões e R$ 980 milhões,respectivamente 75 e 24% abaixo do consenso.

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“Além disso, CBAV3 é negociada a 6,6 vezes o múltiplo EV/Ebitda [valor da firma sobre Ebitda] para 2024, bem acima dos pares globais em 4,9 vezes. Também esperamos que a CBA registre uma queima de caixa de R$ 900 milhões em 2023 e de R$ 600 milhões em 2024”, concluem.