Abilio Diniz, Setúbal e mais 5 pagarão mais de R$ 1 mi para encerrar processos na CVM

Diniz pagará R$ 250 mil, enquanto Alfredo Setúbal propôs pagamento de R$ 200 mil; Santander, JPMorgan e diretor da Ipiranga também fizeram acordos

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) informou na véspera que fechou uma série de acordos que somam mais de R$ 1 milhão, que envolve diferentes processos com grandes executivos como Alfredo Egydio Setúbal, Abilio Diniz, executivos da família Maksoud, o diretor da Ipiranga, além dos bancos Santander e JPMorgan.

No caso de Abilio Diniz, o empresário apresentou uma proposta de pagamento à CVM no valor de R$ 250 mil para extinguir o processo administrativo n° RJ2013/5555. Ele  foi acusado, na qualidade de acionista controlador e presidente do conselho de administração da Companhia Brasileira de Distribuição, de não ter providenciado a imediata divulgação de fato relevante referente a potencial associação dos negócios dos Grupos Pão de Açúcar (PCAR4) e Carrefour diante das notícias veiculadas na imprensa à época.

Já Alfredo Setúbal propôs o pagamento de R$ 200 mil para a extinção do processo n° RJ2013/5657. Ele fora investigado enquanto diretor de relações com investidores do Itaú Unibanco (ITUB4) por não ter publicado fato relevante em maio de 2013, quando a informação a respeito da aquisição do Banco Citicard e da Citifinancial Promotora de Negócios e Cobrança fugiu ao controle do banco.

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No caso do Santander e do JPMorgan, os dois apresentaram proposta de pagamento conjunto de R$ 250 mil à Comissão. As instituições foram acusadas de coordernarem uma emissão de debêntures da BR Towers, enquanto o JPMorgan foi acusado de utilizar material publicitário antes de aprovação pela CVM.

Já para Sérgio Costa, diretor da Ipiranga, o pagamento será de R$ 150 mil após ser acusado de ter alienado as ações da Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga detidas pela Ultrapar (UGPA3) sem obtenção de autorização prévia específica pelos respectivos Conselhos de Administração. Enquanto isso, a Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes propôs pagamento de R$ 15 mil pela não participação de um de seus sócios em cursos e eventos do Programa de Educação Profissional Continuada.

Outro acordo celebrado pela CVM foi dos executivos Henry Maksoud, Cláudio Denis Maksoud, Henry Maksoud Neto e Hidroservice Engenharia com uma proposta de pagamento conjunto de R$ 100 mil e ressarcimento à Hidroservice do valor de R$ 5.497.042,08, relativo ao valor dos contratos de mútuo intercompany, corrigido pela Taxa Referencial mais remuneração de 6% ao ano.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.