A hora da Vibra: XP inicia cobertura com compra e recomenda Ultrapar como neutra

Research da corretora considera Vibra o melhor nome no setor de distribuição de combustíveis

Camille Bocanegra

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Com potenciais ventos favoráveis no setor de distribuição de combustíveis, a XP considera que chegou “a hora da Vibra (VBBR3) brilhar”. O research da corretora retomou a cobertura da companhia com recomendação de compra, com preço-alvo estabelecido em R$ 32,70 (potencial de alta de 41%), e considera o nome como a melhor escolha para o setor.

A Vibra, como maior empresa de distribuição de combustíveis no Brasil, apresenta a infraestrutura lógica com maior capilaridade entre os pares e conta com vantagens competitivas consideráveis. A XP destaca que a ação ainda parece barata, mesmo considerando a recente alta apresentada, e negocia a 11,9 vezes a relação entre preço e lucro (P/L) e 6,3 vezes o valor da empresa sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês).

Por isso, a companhia é vista como o melhor nome para apostar nas futuras melhorias do setor, mesmo com potenciais riscos do do segmento e da companhia em si.

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Já a Ultrapar (UGPA3), que apresentou retornos consideráveis em 2023, é recomendada como neutra, com preço-alvo em R$ 28,80 (upside de apenas 2%). A razão da classificação pouco empolgada é justamente a precificação já realizada das entregas impressionantes no passado recente, de acordo com os analistas André Vidal e Helena Kelm.

Ainda assim, o relatório reconhece que a companhia ainda tem boas perspectivas de geração de caixa nos próximos anos e apresenta sólido histórico de alocação de capital. A Ultrapar também é vista contendo um sistema de alinhamentos de incentivos bem fundamentado.

O principal risco destacado para os dois nomes é a operação em setor considerado politicamente sensível e muito sujeito a regulamentações. Os nomes poderiam sofrer, inclusive, com o regresso de um potencial concorrente de peso no negócio de distribuição de combustíveis a Petrobras (PETR4).

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Para Vibra, o principal risco é focado no debranding da marca BR, que ainda apresenta incertezas pelo reconhecimento e força que a marca apresenta hoje em dia. Ainda não foram divulgados os detalhes sobre o processo de alteração para uma marca própria. Além disso, a XP destaca que a estratégia de alocação de capital em uma plataforma de energia renovável poderia ser uma das razões do desconto histórico da Vibra em relação aos pares. A análise ressalta também, como pontos fracos da tese, a instabilidade da alta administração e as negociações em andamento com a Eneva (ENEV3) para uma fusão.