20 ações do Ibovespa têm o pior mês de 2015 e a problemática Oi é campeã de maio

SÃO PAULO – O mês de maio ofuscou toda a euforia que impulsionou o Ibovespa em abril. Depois de chegar a ultrapassar os 58.000 pontos no segundo pregão do mês, o índice caminhou ladeira abaixo praticamente até essa sexta-feira (29), atingindo 52.760 pontos, no menor fechamento desde 1° de abril. Na maré vermelha da Bolsa, 20 das 66 ações do benchmark encerraram maio como o pior mês do ano. 

O índice, que caiu 6,17% no período, foi puxado principalmente pelas ações dos bancos, fortemente penalizadas pelo aumento do CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), levando o Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC3; BBDC4) a registrarem o pior mês deste ano. Juntamente com eles, Banco do Brasil (BBSA3) e Santander (SANB11), que embora não tenham encerrado no pior mês do ano, caíram oito vezes nos últimos dez pregões. (Para conferir essas e outras variações mensais da Bolsa, clique aqui). 

Além desses papéis, as ações da Petrobras e Vale, que contribuíram fortemente para o rali de abril, também recuaram esse mês. As ações da mineradora caíram apesar da alta de mais de 10% do preço do minério de ferro cotado na China em maio.

Já quem figurou como a maior queda do mês no índice foi a Cia Hering, com queda de 25%. A varejista foi impactada pelo resultado do primeiro trimestre de 2015, reportado dia 8 de maio, que levou os papéis a caírem 30% em cinco pregões. Além da avaliação negativa de diversos bancos e corretora, as perspectivas para retomada das vendas da empresa decepcionaram o mercado.

A surpresa negativa do mês foram as ações da Qualicorp, que acumulavam queda de 3% até a véspera, mas somente nesse pregão desabaram 20% em meio a rumores de que o presidente da empresa, José Seripieri Filho, seria alvo da Operação Acrônimo, o que foi desmentido pela empresa ao final do pregão. No after market, com a negativa da empresa, as ações subiram 2%, na máxima permitida durante esse período de negociação na Bovespa. 

Quem subiu?

Entre as poucas altas do mês no Ibovespa, os destaques foram as ações que tiveram sua participação elevada na nova carteira do MSCI, índice que é seguido por muitos fundos estrangeiros e que foi rebalanceada hoje. Desde a divulgação da prévia, em 13 de maio, esses papéis vêm ganhando força na Bolsa, como foram os casos da problemática Oi (OIBR4, R$ 7,07, +25,13%), que figurou como a maior alta do mês do Ibovespa, apesar das preocupações do mercado sobre seu elevado endividamento, assim como Suzano (SUZB5, R$ 16,68, +11,42%) – também impactada positivamente pela valorização do dólar, dado que suas receitas são atreladas à moeda norte-americana.

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Hoje, o Bradesco BBI elevou a recomendação de outperform das operadoras de telefonia TIM (TIMP3) e Telefônica Brasil (VIVT4) para outperform (desempenho acima da média), mas manteve a companhia com market perform (desempenho em linha com a média), citando justamente preocupações com sua dívida líquida.  

Vale mencionar que entre as maiores quedas do Ibovespa neste mês, as ações ordinárias Eletrobras (ELET3) e os papéis ordinários da Bradespar (BRAP4) e Metalúrgica Gerdau (GGBR4), que foram excluídas da nova carteira do MSCI. 

Confira as 20 ações do Ibovespa que tiveram em maio seu pior mês do ano: