13 ações disparam entre 30% e 50% na semana; JBS desabou até 17% hoje

Confira os principais destaques corporativos da Bovespa nesta sessão

Paula Barra

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SÃO PAULO – Depois de tocar os 50.000 pontos na máxima do dia, o Ibovespa aliviou os ganhos no intraday, de olho no noticiário político, mas ainda fechou em alta de 18,01%, diante de uma série de notícias prejudiciais ao governo Dilma. Diante do otimismo, o índice encerrou esta sexta-feira (4) na sua melhor semana da década, levando 11 ações para os melhores 5 dias de suas histórias. Entre elas, estão as ações da Petrobras, CSN, Metalúrgica Gerdau, Bradespar e Bradesco (para conferir a lista completa, clique aqui).  

Na semana, 13 ações encerraram com ganhos entre 30% e 53%, lideradas pela Usiminas, CSN, Vale e Petrobras. Com exceção da Usiminas, todas as outras subiram pelos 5 pregões seguidos. Do lado oposto, somente 6 das 61 ações do índice caíram, lideradas pela Embraer, que recuou 22,35%. A fabricante de aeronaves caiu para a mínima desde setembro de 2015, entre balanço fraco do 4° trimestre, guidance pior do que o esperado pelo mercado e queda do dólar. 

Para analistas e gestores, o mercado já está precificando uma troca de governo diante dos novos desdobramentos da Operação Lava Jato. O movimento acertou em cheio o dólar, que chegou a cair mais de 3% nesta sessão, indo para baixo da casa de R$ 3,70, mas conseguiu recuperar parte das perdas para encerrar a sessão na casa de R$ 3,76. 

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Nesta sessão, os destaques seguiram o mesmo roteira da semana, com os papéis atrelados a commodities liderando os ganhos, enquanto aqueles expostos ao dólar aparecendo na ponta negativa.  

Confira abaixo os principais destaques de ações da Bovespa nesta sessão:

Petrobras (PETR3, R$ 9,98, +9,54%; PETR4, R$ 7,22, +9,89%)
As ações da Petrobras viveram uma ‘montanha-russa’ hoje. Os papéis foram de uma disparada de 20% para alta de ‘apenas’ 5% na mínima do dia, voltando aos R$ 6,90. Na máxima, eles bateram o maior patamar desde o início de dezembro de 2015. A alta vem em decorrência da nova fase da Operação Lava Jato, que tem como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa foi a quinta alta seguida do papel, quando acumulou ganhos de 48% no período.

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Vale (VALE3, R$ 16,55, +5,95%; VALE5, R$ 11,72, +6,93%) e siderúrgicas
Entre as maiores altas do Ibovespa na semana, as ações da Vale chegaram a disparar 17% na sessão, mas amenizaram os ganhos até o fechamento. O movimento foi acompanhado pelas ações da Bradespar (BRAP4, R$ 5,42, +7,11%) – holding que detém participação na mineradora – e as siderúrgicas CSN (CSNA3, R$ 7,56, +16,30%) e Gerdau (GGBR4, R$ 4,69, +16,08%). Usiminas (USIM5), que ontem teve o melhor pregão em 21 anos (alta de mais de 35%), hoje registrou a menor queda entre as siderúrgicas, de 7,08%, indo para R$ 1,36. 

BM&FBovespa (BVMF3, R$ 14,80, +10,11%)
Nesta semana, chamou atenção também as ações da BM&FBovespa, que dispararam 32% no período, renovando hoje seu maior patamar desde janeiro de 2008. Essa foi a quinta alta consecutiva das ações.  

Embraer (EMBR3, R$ 23,07, -7,83%)
Depois de cair 14% na mínima do dia, as ações da Embraer buscaram recuperação no intraday, mas ainda assim fecharam em fortes perdas. Nesses últimos 2 pregões, os papéis da companhia afundaram 26% até a mínima do dia, indo para o menor patamar desde o início de setembro do ano passado, entre balanço fraco do 4° trimestre reportado na véspera, guidance pior do que o esperado para 2016 e forte queda do dólar frente ao real, que tem levado para baixo também outras exportadoras da Bolsa. 

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Frigoríficos
As ações do setor de frigoríficos desabaram hoje com o dólar atingindo queda de até 3,4% nesta sessão. Liderando as perdas apareceram as ações da JBS (JBSS3, R$ 10,88, -13,44%), que foram afetadas também pelo turbulência do cenário político. O mercado teme que as investigações da Lava Jato cheguem na família Batista, dona do grupo J&F, que é muito próxima ao ex-presidente Lula. 

Na sequência da JBS, outras ações do setor também caíram, com Minerva (BEEF3, R$ 11,79, -3,91%) e BRF (BRFS3, R$ 52,19, -1,00%).  

Papel e Celulose
Na contramão da euforia generalizada do mercado, papéis expostos ao dólar – como as empresas do setor de papel e celulose – afundaram na Bolsa nesta sessão. As ações da Fibria (FIBR3, R$ 35,93, -0,67%) e Suzano (SUZB5, R$ 13,70, -1,65%) chegaram a figurar como as maiores perdas do índice, com quedas de até 11%, mas amenizaram bem a queda até o fechamento. Nas mínimas do dia, as ações bateram seus menores patamares desde fevereiro de 2015. 

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Gol (GOLL4, R$ 3,16, -16,84%)
As ações da Gol, que dispararam até a máxima de hoje quase 100% nos últimos 3 pregões, desabaram em sessão de euforia na Bolsa. Nos últimos dias, as ações da companhia foram impulsionadas após publicação de medida provisória que aumenta o limite de participação de estrangeiros no capital votante das empresas brasileiras, de 20% para 49%. A notícia, vista como positiva pelo mercado, levou o Bradesco BBI a reiterar sua recomendação “outperform” (desempenho acima da média) para o papel, com preço-alvo de R$ 4,00.  Nesta sessão, os papéis até chegaram a ultrapassar esse patamar – atingindo cotação de R$ 4,43 (+16,58%) na máxima do dia -, a euforia não durou muito e os papéis passaram a cair forte durante a parte da tarde. 

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