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10 vantagens de investir em Bolsa nos EUA ao invés da B3

Especialistas do CME Group e da XP Securities revelam algumas características que tornam o mercado americano muito interessante.

João Sandrini

(MIAMI) – Os pequenos investidores que gostam de fazer day trade ou de girar bastante a carteira geralmente negociam uma gama muito restrita de ativos na B3.

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Os traders concentram seus negócios nos minicontratos de Ibovespa e dólar futuro; nas ações mais líquidas como Vale, Petrobras e grandes bancos; e nas opções com maior liquidez.

Já nas Bolsas americanas os traders têm acesso a uma gama de oportunidades muito maior e podem adotar estratégias que seriam impossíveis de implementar no Brasil.

Durante palestra na Expert Latin America Conference, o diretor sênior da CME (Bolsa de Chicago), David Lerman, e o diretor da mesa de ações da XP Securities, Laio Santos, explicaram as principais vantagens de operar nos EUA. Leia a seguir um resumo dessas vantagens:

1 – Alavancagem para ações e bonds

Se um investidor deseja operar alavancado no Brasil, geralmente busca os contratos futuros. Nos EUA é possível operar alavancado também com ações e bonds (títulos de renda fixa).

Se você tiver US$ 100.000 em investimentos numa corretora, ela poderá lhe emprestar até mais US$ 100.000 cobrando uma taxa próxima a 2% ao ano – a taxa é baixa porque seus US$ 100.000 em ativos servirão como garantia desse empréstimo.

Na prática isso significa que com US$ 100.000 em patrimônio financeiro você consegue ter uma exposição de US$ 200.000 ao mercado e só precisa ter um retorno superior a 2% ao ano para que sua alavancagem seja vantajosa.

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2 – Alavancagem de 20 vezes com contratos futuros

A liquidez nos EUA está concentrada nos contratos futuros – o que é muito bom para traders ou para quem tem pouco dinheiro para operar. Devido à alavancagem, sempre há ativos com fortes oscilações de curto prazo.

Quem negocia as ações mais líquidas pode ficar vários dias ou semanas sem sentir fortes oscilações nos preços dos ativos. Mas com contratos futuros uma pequena variação percentual pode levar a uma forte variação percentual das carteiras. Isso porque a alavancagem pode superar mais de 20 vezes.

Para ter uma exposição de pouco mais de US$ 100.000 a minicontratos futuros de S&P 500, por exemplo, o investidor pode precisar de uma margem de só US$ 5.000 – as Bolsas americanas aceitam dinheiro ou investimentos como garantia.

Isso significa que se o S&P 500 subir 1%, esse investidor vai ganhar US$ 1.000 sobre um capital de US$ 5.000 – ou seja, um lucro de 20%.

3 – Liquidez enorme

Somente o giro diário das ações Apple, a maior empresa do mundo, já é maior do que o volume negociado por todas as ações da Bovespa durante um pregão regular.

No Brasil há 353 empresas abertas enquanto no mercado americano são 4.102. Os EUA representam 35,11% do mercado acionário mundial enquanto o Brasil responde por 2,31% dos negócios.

Na Bolsa brasileira praticamente não existem setores que englobam algumas das maiores empresas do mundo, como os de tecnologia ou de biotecnologia.

No caso de mercados futuros, a liquidez é ainda maior. Somente os contratos futuros de euro contra dólar negociam um valor nocional de US$ 2,9 trilhões por dia. Então não tenha dúvidas que a precificação dos ativos é bem mais justa (sem ágio ou deságio) e com um número de oportunidades bem maior nos EUA.

4 – Sempre dá para ficar vendido em papéis com liquidez

No Brasil muitas vezes um investidor deseja ficar vendido em uma ação com o objetivo de obter lucro se ela cair. Só que ele liga na mesa de BTC de sua corretora e descobre que não há disponibilidade de aluguel daquela ação para que ele possa ficar vendido. Na prática o investidor perde a oportunidade.

Já nos EUA sempre vai ser possível achar ações para aluguel em casos de empresas com boa liquidez. O investidor simplesmente vende a ação e avisa a corretora eletronicamente – a corretora vai disponibilizar o papel para aluguel.

5 – O mercado de opções é bem maior

Nos EUA há mais séries de opções sobre mais ativos, com mais vencimentos e maior liquidez. Mesmo que você queira comprar uma opção sobre ações do Itaú, por exemplo, vai reparar que há mais opções sobre os ADRs do Itaú negociados nos EUA do que sobre as ações do banco brasileiro negociadas na Bovespa.

Só é preciso tomar dois cuidados. O primeiro é que uma opção dá o direito de compra ou venda de 100 ações. Outra diferença é que, ao contrário do que acontece no Brasil, quando uma empresa paga dividendos o preço de exercício da opção não muda – na verdade o dividendo já está embutida na cotação porque a precificação das opções é tão profissional que o mercado já fez esse ajuste.

6 – Os custos da Bolsa são bem menores

Nos EUA os emolumentos cobrados pelas Bolsas são muito baixos. Na verdade, o investidor que dá liquidez ao mercado pode fechar negócios e receber emolumentos da Bolsa ao invés de pagar.

Geralmente quem paga emolumentos é quem raspa o book de ofertas levando a mudanças de preços dos ativos – no jargão do mercado, o agressor. Essa é a vantagem de ter várias Bolsas no mesmo país: elas competem entre si pelos clientes e cobram taxas muito menores.

7 – Os ETFs são quase outra Bolsa

Além de ações de mais de 4.000 empresas, os EUA possuem quase uma outra Bolsa à parte com a negociação dos ETFs (fundos de investimento com cotas negociadas em Bolsa).

No Brasil há pouco mais de uma dezena de ETFs, a maioria não tem liquidez e só é possível negociar índices de ações. Já nos EUA é possível negociar ETFs de índices de ações, de índices e títulos de renda fixa, de índices de volatilidade, de commodities, de operações vendidas, e muitos outros.

O ETF negociado sob o código SPY segue o índice S&P500, o mais tradicional das Bolsas americanas. Para ficar vendido em S&P 500, tentando lucrar com a queda do índice, não é preciso alugar o SPY e vendê-lo: basta comprar o ETF negociado sob o código SDS que o investidor estará vendido em S&P 500.

O DIA é o ETF do Dow Jones. Se o investidor quiser lucrar com a valorização dos títulos do Tesouro americano com vencimento em 20 anos, ele pode comprar o ETF TLT. Se quiser ter exposição a títulos de empresas de alto risco e alto rendimento (high yield), o investidor pode comprar o ETF HYG.

O principal ETF do Brasil é o EWZ. Para ter exposição ao petróleo, o investidor pode comprar o ETF USO. Até índices de volatilidade podem ser negociados por meio do ETF VXX.

8 – Fracionário do fracionário

No Brasil as ações geralmente são negociadas em lote de 100. O investidor pode entrar no mercado fracionário e comprar, por exemplo, 83 ações, mas a liquidez será menor.

Já nos EUA não apenas existe o fracionário como o investidor pode comprar uma fração de ação. Isso significa que, se um papel custa US$ 10 e ele tem US$ 45, pode comprar 4,5 ações.

9 – Negociação 24 horas por dia

No Brasil o pregão de ações atualmente funciona das 10h às 18h. Já os contratos futuros negociam das 9h às 18h. Nos EUA é possível negociar ações e futuros 24 horas por dia durante 6 dias por semana. E o mercado tem muita liquidez mesmo quando o pregão regular está fechado.

Na madrugada em que o mundo ficou sabendo que Donald Trump havia vencido a eleição americana, o índice Dow Jones chegou a cair 870 pontos. O megainvestidor Carl Icahn comprou durante a madrugada na CME contratos futuros que lhe deram uma exposição de US$ 1 bilhão ao índice S&P 500. Como as Bolsas americanas só subiram desde a vitória do republicano, Icahn acabou fazendo um belo lucro.

10 – Home broker em português

Isso, na verdade, não chega a ser uma vantagem em relação à Bovespa, mas é ao menos uma “não-desvantagem” que pouca gente sabe que existe. Se a língua inglesa ainda é uma barreira para alguns investidores, saiba que até home broker em português já existe nos EUA.

A XP Securities, por exemplo, oferece home broker em português que pode ser acessado via computador, tablet ou smartphone pelos clientes da corretora. Para traders, a corretora exige aplicação inicial mínima de US$ 30.000.

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