Linx Pay: o serviço de pagamento que fez uma ação disparar 40% na bolsa

Lançamento da Linx Pay garantiu saltos de 8,4% na quinta-feira e 28% na sexta

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Relativamente fora do radar nos últimos meses e após cair 25% no acumulado do ano, a ação da fabricante de software Linx está passando por um momento de estrela de cinema na bolsa nos últimos dois dias, graças a um lançamento aclamado pelo mercado.

Desde o anúncio, na última quinta-feira (18), da nova subadquirente Linx Pay, a ação da empresa na bolsa (LINX3) chegou a saltar 40% entre o fechamento de quarta-feira e a máxima desta sexta. A alta nesta tarde é de 26,82%, ante tímido 0,48% do Ibovespa. 

O Linx Pay é um sistema que, através das maquininhas da parceira Rede, captura, gerenciamento e liquidação de transações, além de emissão de cupons fiscais, gateway de pagamentos, entre outros, para pequenas e médias varejistas. A empresa fala em vender este produto para metade de sua base de clientes (50 mil comerciantes).

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Após apresentação do produto para analistas, ou “sell side”, os comentários de analistas a respeito foram positivos praticamente na totalidade.

“É para seguir comprando”, cravam analistas do BTG Pactual após conhecerem o projeto. A iniciativa “parece uma enorme oportunidade mesmo considerando metade dos números levantados pela empresa”.

Eles explicam: ainda que apenas 30% dos R$ 250 bilhões anuais transacionados pelas varejistas clientes migrem para a Linx Pay, em vez dos 50% projetados, as vendas da fornecedora chegariam a R$ 455 milhões apenas nesta frente. Isso é 70% do que foi projetado para a empresa neste ano antes deste lançamento. Em outras palavras, a chance de o balanço não superar o que o mercado vinha precificando tornou-se muito baixa.

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No Credit Suisse, analistas veem na subadquirente uma “grande oportunidade para os clientes atuais da companhia, uma vez que ela poderá oferecer não apenas software, mas também serviços de cartão, pré-pagamento e relatórios de reconciliação mais eficientes”. A estimativa destes especialistas é que uma pequena varejista pode dobrar a geração de receita com uso da nova tecnologia integrada ao restante dos serviços da Linx.

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É justamente nesse ganho em eficiência que a empresa pretende vender seu produto. “O Linx Pay contempla todos os serviços e funcionalidades que nossos clientes precisam hoje, mas que também serão úteis em um futuro próximo”, explica Denis Piovezan, diretor executivo da unidade de negócios Linx Pay Hub.

Segundo o executivo, “a solução também tem como objetivo gerar leads orgânicos na presença digital, além de permitir integração com outros sistemas da Linx, como plataformas omnichannel, transferência de fundos e demais ferramentas de gestão”.

O omnichannel, vale lembrar, tem feito decolar varejistas que sabem como utilizá-lo – caso do Magazine Luiza, que se tornou nesta semana a empresa mais valiosa do Brasil neste setor. “Projetos de omnichannel são o que mais contribui para o aumento de receitas de serviços”, diz Fred Mendes, do Bradesco BBI. “Mantemos nossa visão mais otimista para o setor no médio/longo prazo”. O analista via upside de 56% para quem tivesse o papel em carteira com preço do fechamento de quinta-feira (R$ 16).

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney