JBS revela as 6 atitudes que levaram à recuperação após a tormenta

Não é segredo para ninguém que a JBS enfrentou dificuldades, mas a recuperação vem forte  

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Desde o Joesley Day, em 18 de maio de 2017, a JBS é uma empresa mais “exposta”, observada atentamente por brasileiros – principalmente os que acompanham a bolsa de valores. “Todo mundo sabe os desafios que a empresa passou nos últimos tempos”, resume Gilberto Tomazoni, CEO da empresa.

O executivo participou nesta semana de um encontro com os analistas Karel Luketic e Betina Roxo, da XP Investimentos, para falar sobre a volta por cima na governança da companhia e as perspectivas para os próximos meses. A entrevista está disponível por completo no player acima.

Seguro de que a JBS vem “entregando tudo que prometeu”, Tomazoni listou as atitudes que foram consideradas prioritárias para a empresa nestes últimos meses. São as seguintes:

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1. Foco em crescimento orgânico

“Vamos focar em crescimento orgânico. Isso não quer dizer que não vamos crescer, mas sim que vamos aumentar a produtividade dos nossos ativos”, disse o executivo.

2. Excelência operacional

Uma companhia que já conta com reputação de ser bem operada deve se concentrar no próprio business para ser melhor que a concorrência – antes de buscar novos negócios. Na comparação com a concorrência direta, a JBS vem trazendo resultados melhores nos últimos trimestres.

3. Qualidade dos produtos

Há 18 meses, logo após o escândalo, a JBS contratou Alfred Al Almanza, executivo que trabalhou no órgão regulador de qualidade de proteínas dos EUA, para organizar a casa. “Subimos a barra em termos de qualidade”, diz.

4. Foco em inovação

Não há como ignorar a inovação neste momento de disrupção de todas as indústrias. Um projeto da companhia acaba de ganhar um prêmio de inovação neste país, citou Tomazoni.

5. Organização da dívida

Com a geração de caixa, foi possível desalavancar a companhia. “Nós pagamos, na comparação com o terceiro trimestre, US$ 4,3 bilhões da dívida bruta e trouxemos a alavancagem para 2,99%”, exemplificou. Falou também na mudança do perfil de dívida: de 27% para 5% representando dívida de curto prazo.

6. Compliance

Um robusto programa de ética e compliance internamente foi considerado uma das frentes mais relevantes pelo diretor. “A gente está muito contente, porque temos sido bem reconhecidos [por esse programa]”.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney