Os planos do bilionário Carlos Wizard para a rede Mundo Verde

Ele desistiu do ano sabático para apostar na maior franquia de alimentos naturais do mercado brasileiro e dá dicas para quem quer ser franqueado

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Prometido como ano sabático, 2014 definitivamente marcou a trajetória de um dos empresários mais ricos do Brasil. Após vender o Grupo Multi, dono das escolas de idiomas Wizard e Yázigi, para a britânica Pearson Education por R$ 1,9 bilhão em dezembro de 2013, e entrar para a seleta lista de bilionários da Forbes em março deste ano, com uma fortuna estimada em R$ 1,6 bilhão, Wizard decidiu tirar férias por um ano nos Estados Unidos, antes de pensar em novos negócios. O ano sabático, no entanto, foi interrompido oito meses depois – Wizard anunciara a aquisição da Mundo Verde, a maior franquia de alimentos orgânicos do País.

Com transação sem valor revelado, o empresário adquiriu 100% da rede criada em Petrópolis, no Rio de Janeiro, em 1987, pelos irmãos Jorge Antunes e Isabel Antubes Joffe. Em 2009, quando tinha 126 unidades franqueadas operando, a Mundo Verde foi adquirida pelo fundo de private equity Axxon Group. Com nova direção, a rede deve terminar o ano com 335 unidades e receita acima de R$ 400 milhões. A meta, segundo Wizard, é chegar em 2018 com cerca de 650 lojas, alcançando faturamento de R$ 1 bilhão.

“Queremos expandir a Mundo Verde para o interior”, contou em entrevista ao InfoMoney. “Temos excelentes cidades no interior do Brasil que nem conhecem a rede. Começamos pelo estado de São Paulo, segundo maior mercado consumidor desse país”. Além da expansão, Wizard disse que tem mais dois planos para a nova aquisição: investir em treinamento e fortalecer a marca. “Daremos treinamento on-line e presencial para franqueados e equipes. Além disso, pretendemos lançar propagandas para aumentar a lembrança da marca.”

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Wizard conta que adquirir uma rede não estava em seus planos. Ele aproveitava seu momento sabático, viajando para diversos lugares, quando foi abordado pelos filhos sobre uma nova proposta. “Meus filhos buscavam novos negócios e se depararam com a Mundo Verde, empresa que foi familiar em sua fundação, mas logo foi adquirida por acionistas, que queriam vender o negócio”.

Antes de decidir sair de férias, Wizard tinha encomendado à ABF (Associação Brasileira de Franchising) um levantamento com os segmentos mais promissores no setor de franchising. “Era uma oportunidade única. Apesar de estar em férias, tínhamos uma rede disponível em um dos segmentos que mais cresceram nos últimos anos.”

Setor em alta
Wizard não investe no franchising à toa. Além do know-how, o setor é um dos que mais se destacam no Brasil. Na contramão da economia nacional, o segmento cresce cerca de 17% ao ano e é o terceiro maior do mundo, atrás dos Estados Unidos e da China. “O brasileiro tem espírito empreendedor e o setor de franquia é o mais seguro e rentável, já que o franqueado recebe uma marca consolidada, treinamento e apoio financeiro e de marketing”, acrescenta Wizard. 

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Aos interessados em entrar no setor, o bilionário dá algumas dicas. “Antes de fechar o negócio, visite outras lojas da marca, procure franqueados que deram certo e outros que desistiram do negócio. Mas, antes de tudo, você precisa se identificar com a empresa e com o que será comercializado. Um bom franqueado é aquele que está presente.”