Mineiro ganha bolsa para os EUA e volta com ideia de franquia que hoje fatura R$ 14,5 mi

Aos 19 anos, Eduardo Pacheco foi para os EUA estudar negócios e voltou para o Brasil com a ideia de criar sua escola de inglês. 20 anos mais tarde, rede Park Idiomas tem 38 escolas, com mais de 8 mil alunos

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Jovem de classe baixa, Eduardo Pacheco se viu aos 14 anos já com os passos profissionais traçados para tocar um pequeno comércio familiar na área de lubrificantes automotivos, em Uberlândia, Minas Gerais. Apesar deste ser o sonho de seu pai, Pacheco queria criar algo diferente. Aos 19 anos, contrariando a vontade de todos, o mineiro conseguiu uma bolsa de estudos e foi para Middle Georgia College, nos Estados Unidos, para estudar negócios e, sem saber, já caminhava para o maior projeto de sua vida (e renderia milhões 21 anos mais tarde). 

Durante os 15 meses que ficou nos Estados Unidos, o jovem pensava em ideias para empreender e viu no idioma que aprendera a oportunidade perfeita. Já no Brasil, Pacheco começou a dar aulas de inglês, mas percebeu que a maioria de seus alunos desistia do curso por precisar de anos para terminá-lo. O mineiro constatou também que 95% dos alunos que concluíam os estudos ainda se sentiam inseguros ao falar inglês. 

Pacheco então pesquisou o que poderia fazer para otimizar este aprendizado e conheceu a chamada QFD (Quality Function Deployment), ferramenta japonesa utilizada por quem deseja desenvolver produtos inovadores. A partir daí, em 1996, o mineiro criou um método que se baseia, principalmente, nos processos através dos quais as pessoas aprendem a falar a língua materna, ou seja, primeiro falando e depois de absorvendo o vocabulário.

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“Quando somos bebês, primeiramente ouvimos e reproduzimos sons, depois disso, associamos os sons a seus significados, conforme nossas experiências de vida e, assim, começamos a formar as frases e a nos comunicarmos. Somente depois, aprendemos a ler e escrever“, explica Pacheco. “Além disso, só nos envolvemos com o entendimento da gramática de nossa língua materna depois que já somos adolescentes e já falamos fluentemente.”

Com 98% de aprovação dos alunos, o método de ensino teve um sucesso tão grande que pegou até seu criador de surpresa. Junto ao sócio, Paulo Arruda, Pacheco iniciou então a fortalecer a marca da empresa chamada Park Idiomas. 

Após testar e ajustar o modelo de negócios de por seis anos, em junho de 2007, a Park Idiomas partiu para uma expansão pelo modelo de franchising. Cinco anos mais tarde, já presente nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul, a rede tem 38 franquias com mais de 8 mil alunos. 

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Apenas no ano passado, a Park Idiomas faturou R$ 14,5 milhões. Para 2014, Pacheco prevê um acréscimo de 13% na receita da rede. Nos próximos três anos, o mineiro pretende chegar a 94 unidades. 

Investimentos
Para investir na franquia é preciso ter um investimento total de R$ 105 mil a R$ 240 mil, capital de giro de R$ 25 mil a R$ 40 mil, taxa de franquia de R$ 20 mil e de royalties de R$ 2,4 mil. O faturamento médio mensal gira entre R$ 50 mil e R$ 90 mil, com lucratividade de 30% ao mês. O tempo de retorno do investimento é de cerca de 24 meses.