Inadimplência: qual o seu efeito na economia?

O fato de acumular várias dívidas não significa necessariamente que alguém esteja inadimplente, caso seja capaz de arcar com o pagamento de suas prestações

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A inadimplência só acontece quando um pagamento não é efetuado, e o nome do consumidor acaba inscrito no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).

Um aumento da inadimplência preocupa os economistas e comerciantes, porque sinaliza maior risco de que parte das vendas do comércio não sejam recebidas. Em geral, a primeira reação dos comerciantes é rever as formas de pagamento oferecidas, o que prejudica os demais consumidores.

Efeito dominó afeta a economia
Como os comerciantes incorrem em custos para efetuar suas vendas, o não recebimento do pagamento pode colocá-los em dificuldades financeiras. E esse problema pode acabar prejudicando outros segmentos da economia, afinal, um comerciante em dificuldade não repõe estoques, o que prejudica as vendas da indústria. Pode ainda ser forçado a cortar funcionários, o que reflete no desemprego.

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No limite, o próprio comerciante pode acabar atrasando os seus pagamentos, o que pode afetar os seus fornecedores, e até mesmo bancos, caso ele tenha empréstimos. É aqui que o ciclo se fecha. A inadimplência entre os consumidores pode levar a um aumento do atraso dos pagamentos dos próprios comerciantes e empresários.

Diante do maior risco de inadimplência da economia, os bancos podem adotar uma política mais rígida para emprestar dinheiro. Como muitas empresas precisam de crédito para investir, a menor oferta de recursos pode acabar prejudicando o ritmo de investimento das empresas, com impacto negativo sobre a economia como um todo. Em contrapartida, a queda da inadimplência é comemorada, pois sugere que ainda há espaço para o aumento do consumo, o que é benéfico ao crescimento da economia.

Como evitá-la?
Mas, e você: o que precisa fazer para evitar a inadimplência? Não existem receitas mágicas. Basta que respeite a regra número 1 de finanças pessoais: não gaste mais do que possui. Poupe regularmente de forma a acumular uma reserva de emergência, que cubra os seus gastos por, ao menos, seis meses. Esse dinheiro irá ajudá-lo no caso de uma emergência financeira.

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Caso precise tomar dinheiro emprestado, planeje essa decisão. Avalie exatamente o quanto irá precisar pedir emprestado, por quanto tempo necessitará do dinheiro, e quanto poderá dispor todos os meses para pagar o seu saldo devedor. Com essas informações em mãos, informe-se sobre qual a linha de crédito mais indicada para a sua necessidade. Lembre-se, levantar crédito, ou ter dívidas, não é sinônimo de inadimplência. A falta de planejamento é que leva essas pessoas ao descontrole financeiro e, eventualmente, à inadimplência.