Entenda como funciona a relação risco e retorno

Risco e retorno andam sempre juntos; portanto, sempre analise, com bastante cuidado, antes de investir em ativos de alta rentabilidade

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Existe um velho ditado que diz: “dinheiro gera dinheiro”. Certamente ele funciona muito bem no Brasil, onde as taxas de juros são elevadas e onde existem muitas oportunidades de investimento, tanto no mercado financeiro como em negócios próprios. Porém, na busca de lucros elevados, muitos investidores acabam se esquecendo de analisar o risco.

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De forma geral, retornos mais elevados somente podem ser obtidos quando o investidor está também correndo maiores riscos. A não ser em curtos períodos de tempo, onde a disseminação de informações pode não funcionar direito, esta é uma das principais regras do mercado. Portanto, atenção para as promessas de rentabilidade elevada!

Relação risco versus retorno

A relação entre risco e retorno é simples: ambos andam de mãos dadas. Basta olhar para o mercado financeiro: enquanto a poupança e os fundos DI mostram maior segurança, investimentos em ativos mais arriscados, como a Bolsa, por exemplo, acabam mostrando retornos de longo prazo mais elevados.

O porquê dessa relação pode ser exemplificado fora do mercado financeiro. Imagine que você montou um novo negócio, que mostre, desde o início, uma lucratividade elevada. Por algum tempo esta pode ser a situação, mas isso tende a mudar, a partir do momento em que mais pessoas souberem dessa informação. Se o negócio é bom, rapidamente você ganhará concorrentes, o que provavelmente pressionará as margens de lucro para baixo.

Da mesma forma que acontece neste exemplo, no mercado financeiro é o mecanismo de arbitragem que reina. Ou seja, se um investimento apresenta uma relação de retorno elevado e risco baixo, muitos investidores buscarão aplicar, o que pressionará para baixo o retorno.

Olhos abertos

Um dos principais motivos que leva muitos investidores a perdas significativas no mercado financeiro é o não entendimento desta regra. Embora oportunidades interessantes de curto prazo possam ocorrer, retornos elevados têm que ser necessariamente associados a riscos mais altos.

Um exemplo é a Bolsa de Valores. Embora as estatísticas mostrem que a rentabilidade do mercado de ações supere o da renda fixa em grande parte do mundo, investir em ações traz maiores riscos. Não adianta querer ganhar mais, se não estiver preparado para assumir a possibilidade de perdas que, cedo ou tarde, irão ocorrer.

Mesmo dentro de investimentos em renda fixa, retorno mais elevado não vem sem a contrapartida de riscos maiores. Por exemplo, títulos de dívida corporativa, como CDBs ou debêntures, em geral, pagam mais que papéis do governo. A resposta é simples: apresentam riscos mais elevados.

Bom senso na hora de investir

Muita gente conhece pessoas que perderam muito em alternativas de investimento de alta rentabilidade, aparentemente saudáveis, que, no final das contas, nada mais eram do que esquemas para lesar os mais desavisados.

Como juntar dinheiro não é nada fácil, antes de investir sempre procure analisar os riscos envolvidos. Nesta hora, todo o cuidado é pouco, mesmo quando amigos ou parentes aparecem com investimentos onde, aparentemente, o retorno é elevado e o risco baixo. Na dúvida, fique com a sabedoria popular: “quando a esmola é demais, o Santo desconfia”.

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