Planeja o primeiro filho? saiba se está preparado financeiramente

O casal terá que dispor entre 20% e 30% do orçamento familiar para as necessidades do bebê

Nara Faria

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SÃO PAULO – A chegada do primeiro filho exige mudança na rotina financeira do casal, que terá que readaptar o seu orçamento a uma série de investimentos para receber e garantir o conforto e bem-estar da criança. 

Para atender as necessidades de um bebê em seu primeiro ano de vida, os pais terão que dispor entre 20% e 30% do orçamento mensal. Nos anos seguintes, uma reserva antecipada de dinheiro pode garantir a tranquilidade para aproveitar cada etapa da vida da criança e estar preparado para eventuais imprevistos.

“Quem quer ter um filho tem que planejar. E planejar significa saber exatamente quanto esse filho precisa de investimento. A primeira pergunta que o casal tem que fazer é se hoje consegue dispor de 20% a 30% do salário para manter uma criança. Se a resposta for não, é preciso fazer uma boa faxina financeira para reduzir os gastos e chegar a essa reserva”, diz o educador financeiro Reinaldo Domingos.

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O especialista afirma que essa redução de custos deve ser feita antes de decidir o momento da chegada do bebê. Tomada a decisão e tendo se certificado, obviamente, sobre a saúde do casal, é o momento de colocar na ponta do lápis quais as principais necessidades que um filho terá em seus primeiros anos de vida. Para te ajudar a fazer este planejamento, o especialista dá dicas de como reavaliar seu orçamento durante a gestação e após a chegada do bebê.

1 – Planeje a gravidez
É recomendado começar a planejar a chegada do primeiro filho entre 12 e 24 meses antes da criança efetivamente nascer. Com este prazo, os futuros papais terão um ano e três meses para pensar readequar as finanças. Neste tempo, o casal deve começar a reduzir os gastos o suficiente para chegar a uma reserva mensal de 20% a 30% do orçamento da família para atender aos gastos com a chegada da criança.

2- Ausência do trabalho
Também é antes de iniciar a gravidez que o casal deve planejar o tempo em que a mãe terá que se ausentar do trabalho. A legislação garante a estabilidade do emprego a partir da confirmação da gravidez e a licença-maternidade. Passada a estabilidade, o casal precisa estar consciente da possibilidade de não ter o emprego garantido, assim como os demais profissionais. Já para uma profissional independente, a família terá que ajustar o orçamento até o retorno às atividades profissionais.

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3 – Onde deixar o filho para trabalhar
Após o período de licença-maternidade é preciso pensar onde o casal deixará a criança em segurança enquanto trabalha. Se optará por uma creche, uma babá ou deixar com os avós. Também estão entre as possibilidades deixar a criança com os avós ou a mãe permanecer em casa durante um período para se dedicar à criança. 

4 – Preparação da casa
Sua casa está preparada para receber uma criança? A família que mora em uma casa ou apartamento que não dispõe de um quarto extra para o bebê, terá que pensar na adaptação dos ambientes para acomodar o berço, o armário e os acessórios que a criança necessita. Mais adiante, é preciso pensar se mudar de casa ou apartamento seria possível para garantir a comodidade da família.

5 – Planejando o pré-natal
Com as decisões sobre a reserva do orçamento e preparação da casa já concluídas, é preciso planejar o pré-natal. Os planos de saúde possuem uma carência de 300 dias para cobrir o parto, por exemplo. Por isso, caso ainda não tenha e queira contratar um plano de saúde, a decisão precisa ser tomada com antecedência para garantir o acompanhamento adequado e ter tranquilidade no momento do parto.

6- Enxoval
Berço, carrinho, armário, roupas, mamadeiras, fraldas e leite estão na lista dos utensílios essenciais para o primeiro ano de vida de uma criança. O valor a ser gastos com todo o enxoval vai depender das disponibilidades financeiras de cada casal. Portanto, é preciso colocar tudo na ponta do lápis para não deixar que os gastos extrapolem o orçamento e o desejo de dar tudo de melhor para o bebê se transforme em um problema financeiro.

7 – Pensando no futuro
Quando o casal planeja a chegada do primeiro filho, ele precisa pensar como serão os próximos anos, desde a organização da primeira festa de aniversário, quem costuma ser um evento sonhado pelos pais. Planejar os estudos, a faculdade, a compra do carro para o filho aos 18 anos ou um intercâmbio no exterior, também devem ser previamente pensados pelos futuros pais. Neste caso, não é exagero abrir uma poupança e aplicar uma quantia mensalmente para que esta reserva esteja garantida para realizar os sonhos nos próximos 5, 10 ou 20 anos da vida de uma criança. “O mais importante é que os pais tenham em mente que ter um filho não é um custo. É um investimento em uma vida, que precisa ser muito bem planejada para garantir o conforto e segurança desta criança em várias etapas de sua vida”, conclui o educador.