Excesso de trabalho: bom negócio ou não?

Viciado em trabalho, você, apesar de todo o empenho, viu sua tão sonhada promoção ser concedida a outra pessoa; sabe por que isso aconteceu?

Waldeli Azevedo

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SÃO PAULO – Disposto a receber uma promoção no seu emprego, você passou a trabalhar feito um louco. Aumentou por conta própria sua carga horária, abdicou do horário de almoço e sacrificou até alguns fins de semana, já contando com o reconhecimento futuro.

Porém, nada disso aconteceu. Outra pessoa foi valorizada em seu lugar e agora, além de desmotivado, percebe que sua energia está bem abaixo do normal.

Energia: se não souber gastar, vai faltar!
Parece slogan de companhia elétrica, mas não é. Trata-se de você: ninguém melhor para definir o quanto de pique pode destinar a uma atividade.

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De nada adianta empenhar todo o fôlego nos 400 primeiros metros de uma competição, se você tiver que percorrer dois quilômetros. Isso significa que deve saber racionalizar melhor o seu pique.

Ninguém está falando de acomodação. É que exagerar na carga de trabalho, embora dê certo em algumas situações, nem sempre é uma postura recomendável. Claro que, diante da pressão no mundo corporativo, há casos em que você não tem muita opção: é obrigado a fazer hora extra, responde pela tarefa que antes era executada por três funcionários.

Aqui estamos nos referindo a situações em que a escolha está em suas mãos.

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Excesso de dedicação
Nada em exagero é recomendável. Portanto, busque seu equilíbrio. Tente dividir seu tempo, dedicando-se a tarefas prazerosas fora do ambiente de trabalho: um hobbie, atividade física, algum curso de sua preferência ou mesmo o tempo com familiares ou amigos. A idéia é lembrar que existe vida fora das quatro paredes do escritório!

Veja um exemplo prático. Pesquisa realizada nos Estados Unidos revela que, no referido país, um em cada três trabalhadores se ressente da sobrecarga de trabalho.

O estudo, feito com mil empregados pelo Families and Work Institute, organização sem fins lucrativos que pesquisa o comportamento da força de trabalho e da família americana, mostra ainda que 54% dos entrevistados não conseguem terminar o que começaram, justamente por terem que lidar com várias tarefas ao mesmo tempo.

A pesquisa aponta também que o profissional que tem o trabalho como foco principal tem mais chances de sofrer os efeitos de seu excesso. Já quem tem interesses variados e o equilibra melhor com outras atividades sofre desgaste menor.

Faça o trabalho render
Passar doze, catorze horas dentro do escritório pode sinalizar uma outra coisa: que você não está otimizando o seu tempo. Verifique como tem distribuído suas tarefas ao longo do dia. Experimente listar suas pendências, em ordem de prioridade, e se programar de maneira mais organizada para realizá-las.

Estabeleça metas pessoais: estipule o seu horário máximo permitido para o trabalho, por exemplo. Experimente aproveitar melhor o seu dia fora do escritório, executando atividades que lhe reponham as energias. Em breve você perceberá os resultados!

Lembre-se que energia, vitalidade, iniciativa, raciocínio rápido e criatividade são elementos fundamentais para uma boa participação no ambiente de trabalho. Cansado, você não cumprirá com nenhum deles, mandando sua promoção para os ares!