Os prós e contras de imóveis usados ou na planta

O apartamento deve ser escolhido de acordo com as necessidades do comprador; no caso de imóveis na planta, é necessário cuidado redobrado

Equipe InfoMoney

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Existe um grande preconceito em relação a imóveis usados no País, principalmente se for um apartamento. As famílias sempre dão preferência a um imóvel novo, de preferência recém-inaugurado. Mas paga-se mais por isso. A justificativa, além do conforto de morar numa casa nova, está no bolso.

Um imóvel novo dificilmente terá que passar por reformas ou reparos de encanamento ou instalações elétricas. Geralmente também não terá uma planta antiquada, que atenda às necessidades de uma família de 50 anos atrás. Em outras palavras, um imóvel novo serve melhor a uma família contemporânea e não traz dores de cabeça.

O problema é que imóveis novos são mais caros que imóveis antigos e, geralmente, são menores. Por outro lado, possuem mais vagas na garagem, cozinha e banheiros mais modernos e acabamentos mais funcionais. E se estivermos falando de um edifício, isto implica em menos dinheiro gasto com manutenção de elevadores, infiltrações e problemas com a instalação elétrica. Entre os itens que mais valorizam um imóvel, a idade e quantidade de vagas na garagem estão em posição privilegiada. Quanto mais novo for o edifício e maior for o número de vagas, mais caro é o apartamento.

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Ainda assim, existem aqueles que não abrem mão do charme e do espaço oferecido por um apartamento mais antigo. Pessoas mais velhas ou jovens estudantes, que fazem tudo à pé, preferem apartamentos mais velhos, bem localizados e sem vagas na garagem. E há pessoas que detestam edifícios antigos, e preferem morar em apartamentos pequenos, com aspecto de recém-construído, e obviamente com mais vagas na garagem. Tudo questão de estilo de vida.

Apesar de um imóvel novo já ser mais caro em comparação a um antigo, existe a possibilidade de seu preço subir ainda mais. Esse fator está relacionado à localização do imóvel. Imóveis novos em regiões novas tendem a sofrer uma grande valorização no longo prazo. Um imóvel mais antigo, numa região já estabilizada, tem menor potencial para ter um acréscimo de preço, a menos que seja uma região antiga e desvalorizada, que está passando por um processo de revitalização, como é o caso do centro de São Paulo.

Custos devem caber no seu bolso

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Muitas famílias enxergam com maus olhos as oportunidades imobiliárias ainda na planta porque temem que a incorporadora não seja capaz de entregar o imóvel conforme prometido ou a obra tenha problemas durante a fase de execução. Mesmo assim, existem algumas vantagens de se adquirir um imóvel na planta. Se o preço do imóvel subir durante os anos de construção, por exemplo, o comprador terá um ganho financeiro representativo, já que, até a entrega das chaves, só costuma ter de pagar 30% do valor do imóvel.

Só preste muita atenção à construtora ou incorporadora que será responsável pela obra. As reclamações por atrasos têm crescido muito nos últimos anos. Além da tradição, o importante checar a idoneidade da empresa em sites de reclamações de consumidores.

Outra vantagem de comprar um apartamento na planta é justamente a possibilidade de fazer alteração no projeto. Essa alternativa pode ser interessante se você é daqueles que gosta de acabamentos bem personalizados. 

Imagine que se o apartamento já estiver pronto e você for exigente, muito dinheiro será gasto na troca de pisos, azulejos, luminárias e outros detalhes que fazem a diferença na hora que você for morar no imóvel. Além do montante gasto, outro problema é a dor de cabeça com a obra. Melhor deixar para mudar paredes, ampliar o banheiro ou construir um cozinha americana quando a obra ainda não estiver pronta.

Outro ponto positivo de um imóvel na planta é o preço. Normalmente, em comparação ao preço de um apartamento novo e pronto, o desconto fica por volta de 20%, mesmo pagando todas as despesas de administração para a construtora.

Cuidados ao escolher o apartamento
A maior preocupação de quem está comprando um imóvel na planta é a possibilidade da construtora ir à falência. Considerando o que ocorreu no Brasil em décadas passadas, não é nenhum exagero comprar um apartamento tendo em vista a empresa que está realizando a obra. E não basta a construtora ser grande e ter tradição no mercado. É preciso verificar a situação financeira da empresa e checar os processos que ela pode estar sofrendo na Justiça.

Algumas empresas apresentam um rápido crescimento de suas atividades e acabam se endividando de uma forma arriscada. Se os gestores da construtora não souberem administrar os passivos da empresa, quem acaba sofrendo os aspectos negativos são os compradores de imóveis.

Outra conseqüência da má gestão dos recursos de uma construtora ou incorporadora são os atrasos na obra. Além de a família demorar mais para receber as chaves do imóvel, é preciso contabilizar os gastos que ela terá com aluguel e o custo de ter o dinheiro parado, engessado num imóvel inacabado, não rendendo juros.