Como redigir uma carta de demissão?

Quanto mais objetiva for a carta, mais chances de obter sucesso. Momento não é de lançar críticas aos superiores, mas sim de apenas comunicar a saída

Juliano Moreira Oliveira

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SÃO PAULO – Desenvolver uma carta de saída pode deixar portas abertas, mas para isso é necessário alguns cuidados. O jornal norte-americano The Wall Street Journal entrevistou dois especialistas que deram dicas de como proceder em uma situação como essa.

Quanto mais objetiva for a carta, mais chances de sucesso. Na avaliação de Roy Cohen, conselheiro de carreira e coach executivo, o momento não é de aparar arestas ou lançar críticas aos superiores, mas sim de apenas comunicar a saída da empresa.

Este tipo de procedimento, afirma o especialista, faz com que a opção de um eventual retorno seja possível. A psicóloga e coach de executivos na área metropolitana de Nova York, Marilyn Puder York, também aconselha a seguir a mesma tática: “Em vez de empurrar o seu descontentamento com a empresa, você deve definir um tom positivo desde o início da carta”, explica.

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Uma maneira de fazer isso é incluir uma ou duas frases, na parte superior do documento, de modo a evidenciar o apreço pela oportunidade de trabalhar na empresa e das experiências que ela rendeu.

Comunicação
Os dois especialistas recomendam não esclarecer os motivos da demissão na carta, não importa o quão tentador a oportunidade possa parecer. “Uma vez que você tomou a decisão de sair, suas razões agora não importam mais”, diz Cohen.

Uma opção é incluir a seguinte frase no final da carta: “Eu ficaria feliz em discutir os motivos de minha saída, assim como qualquer tipo de apoio especial que posso oferecer durante este momento de transição”, sugere Marilyn.

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De acordo com a psicóloga, o ideal é que a carta tenha letra clara, seja simples e muito direta. Vale adicionar ainda que existe a possibilidade de uma conversa verbal para sanar qualquer dúvida.

Diferenças
Em algumas empresas, uma carta de demissão formal até pode não ser necessária, afirmam os especialistas. No entanto, o processo é recomendado, uma vez que esta ação é cada vez mais rara, podendo assim soar de forma positiva entre os possíveis leitores dela.

“É a única coisa inteligente e respeitosa para se fazer nesta hora [de demissão], além de nos fazer profissionalmente bem”, diz Marilyn.