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SÃO PAULO – Quando você sai às compras no final de semana, você impulsiona uma engrenagem chamada economia. Impressionante, não? Mas é isso mesmo. Ao comprar um produto, você permite que as vendas do comércio aumentem.
Quanto maior a parcela dos consumidores que decidir comprar, maior o crescimento das vendas do comércio e maior os benefícios para a economia, sobretudo, se este o aumento do consumo não se traduzir em inadimplência. Afinal, o aumento da inadimplência prejudica os resultados das empresas com efeitos negativos sobre a economia.
Mais de metade do PIB
Voltando ao consumo, o maior volume de vendas força os varejistas a repor seus estoques, de forma que os pedidos para a indústria aumentam, e com eles a produção industrial. Diante de vendas mais favoráveis, comércio e indústria podem optar pelo aumento da remuneração dos seus funcionários, o que se traduz em maior poder aquisitivo de parte da população.
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Com mais dinheiro nas mãos, esses trabalhadores gastam mais com lazer, o que acaba impulsionando também o setor serviços. Esse ciclo positivo só se concretiza quando os consumidores estão confiantes de que as perspectivas da economia são boas. Caso contrário, é provável que, mesmo com dinheiro nas mãos, os consumidores optassem por não gastar.
Se considerarmos que o consumo responde por mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que nada mais é do que a soma de todos os bens produzidos e serviços prestados no País durante um determinado período de tempo, não é difícil entender a importância que o consumidor tem para a economia. Daí o porquê de se prestar tanta atenção à divulgação do índice de confiança do consumidor.
Índice avalia presente e futuro
Talvez você não saiba, mas todos os meses, a Federação de Comércio do Estado de São Paulo divulga um indicador denominado: índice de confiança do consumidor (ICC). Acompanhado com cuidado pelos empresários e economistas, o ICC é composto de dois sub-índices: o Índice de Condições Econômicas Atuais (ICEA) e o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC).
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O primeiro mede o grau de otimismo do consumidor com relação à situação atual da economia, enquanto o segundo avalia sua percepção quanto ao futuro. Assim, o ICC avalia o quanto a melhora (ou deterioração) das condições atuais da economia afeta sua percepção e, consequentemente, intenção de consumo futuro.
Assim, a confiança do consumidor serve de termômetro para as condições da economia nos meses que se seguem. Quanto mais otimistas eles estiverem, maiores as chances de que venham a consumir, o que ajuda a mover a engrenagem da economia, e vice-versa.