Contratos e minicontratos permitem aposta diversificada no futuro

Aos investidores intimidados pelos valores dos contratos tradicionais, minis funcionam como porta de entrada

Rafael Souza Ribeiro

Publicidade

SÃO PAULO – Em tempo voláteis, como o atual, muitos investidores buscam encontrar a melhor alternativa para se proteger de fortes oscilações. Entre a gama de produtos que o mercado oferece, os contratos e minicontratos futuros vêm ganhando notoriedade entre os investidores individuais.

Por definição, um contrato futuro compreende um acordo entre vendedor e comprador, baseado na negociação de determinado ativo, visando seu preço futuro. O fechamento da posição pode se dar em qualquer momento até o vencimento, e a liquidação é financeira ou mesmo através de entrega física.

Os contratos futuros são operados por mediação de uma corretora de valores mobiliários, que – por meio de seus sistemas de operações – executa as ordens enviadas pelos investidores.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Características
Acima de tudo, os contratos futuros são padronizados, ou seja, possuem uma estrutura previamente definida, que confere a fixação do objeto de negociação, forma de cotação, tamanho do contrato, data de vencimento, além do cálculo dos ajustes diários e do preço de liquidação.

Teoricamente, todos os processos descritos garantem a viabilidade da negociação e intercambialidade de posições, o que resguarda ao investidor o direto de encerrar sua posição antes do prazo do vencimento, mediante uma operação inversa à inicial.

Sendo assim, a liquidação dos contratos é realizada em uma clearing house, também conhecida como câmara de compensação. A câmara é o órgão incumbido pelos serviços de registro, compensação e liquidação das operações realizadas na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), instituição que organiza os mercados derivativos no País.

Continua depois da publicidade

Popularizando
A fim de popularizar os contratos futuros e ganhar liquidez, a BM&F lançou em 2001 os primeiros minicontratos em seu sistema de pregão. Em 3 de dezembro de 2004, a instituição criou o WTr (WebTrading), plataforma operacional que possibilitou ao investidor operar os minicontratos via internet, assim como por meio de um home broker.

Os minicontratos têm como principal característica o seu tamanho, bem menor que o dos contratos futuros padrões negociados na BM&F. Dentro do WTr, podem ser negociados quatro minicontratos futuros: Ibovespa, Boi Gordo, Dólar e Café.

O tamanho do contrato míni de boi gordo é de 33 arrobas, equivalente a 10% do contrato padrão, ao passo que o Ibovespa corresponde a 20% do contrato de índice Bovespa, ou seja, R$ 0,20 vezes os pontos do índice Bovespa futuro.

Continua depois da publicidade

No caso do dólar, cada contrato corresponde a 10% do contrato padrão, ou US$ 5 mil, sendo este cotado em R$ por US$ 1 mil. O tamanho do minicontrato de café negociado na plataforma é de 10 sacas de 60 kg, o que equivale a 10% do contrato padrão negociado na BM&F.

Quanto aos vencimentos, os contratos de boi gordo vencem todos os meses, assim como os vinculados ao dólar. Já para os referentes ao Ibovespa, o vencimento acontece em meses pares do calendário, conforme autorização da BM&F, e os de café vencem nos meses de março, maio, julho, setembro e dezembro.