Crescimento do crédito perdeu força em 2023, mostra BC

O ritmo de crescimento foi inferior aos 14,5% observados em 2022; em dezembro, o crédito total variou 1,4%, refletindo aumentos de 2,6% no segmento de pessoas jurídicas e 0,7% no segmento de pessoas físicas

Roberto de Lira

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O volume de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) cresceu 7,9% em 2023, para um total de R$ 5,8 trilhões, informou nesta terça-feira (6) o Banco Central do Brasil. O ritmo de crescimento foi inferior aos 14,5% observados em 2022.

Em dezembro, o crédito total variou 1,4%, refletindo aumentos de 2,6% no segmento de pessoas jurídicas e 0,7% no segmento de pessoas físicas.

O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro no ano passado atingiu R$ 15,6 trilhões (143,4% do PIB), com expansão de 4,3% em relação a 2022. Destacaram-se os aumentos dos saldos de empréstimos do SFN (7,7%), de títulos privados de dívida (15%) e de títulos de dívida securitizados (28,6%).

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Em 2023, o crédito livre alcançou R$ 3,4 trilhões, uma expansão de 5,2% no ano, mas que se configurou numa desaceleração em relação a 2022 quando variou 14,9%.

O crédito direcionado atingiu R$ 2,4 trilhões ao final de 2023, com incremento de 11,8% no ano, também apresentando desaceleração em relação aos 14,0% observados no ano anterior.

As concessões de crédito acumuladas no ano cresceram 4,7% em 2023, ante 20,7% no ano anterior. As concessões a empresas apresentaram estabilidade (21,8% em 2022), enquanto as direcionadas às pessoas físicas cresceram 8,7% em 2023 (19,7% em 2022).

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A taxa média de juros nas novas contratações finalizou o ano em 28,4% anuais, uma redução de 1,7 ponto percentual no ano, após aumento de 5,6 p.p. em 2022.

O spread geral das taxas de juros situou-se em 19,7 p.p., elevação de 0,4 ponto percentual em 2023, após crescimento de 3,4 p.p. no ano anterior.

No crédito livre, a taxa média de juros situou-se em 40,8% a.a. em dezembro de 2023, com redução de 1,0 p.p. no ano. No crédito livre às empresas, a taxa de juros alcançou 21,1% a.a., uma diminuição de 1,9 p.p. no ano.