Vendas no varejo recuam 0,1% em agosto, diz IBGE, menos que o esperado

Foi o quarto mês consecutivo de taxa negativa, mas no acumulado de 2022 varejo registra alta de 0,5%; mercado projetava queda de 0,2% no mês

Roberto de Lira

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O volume de vendas do comércio varejista no Brasil recuou 0,1% em agosto na comparação com julho, apresentando o quarto mês consecutivo de taxa negativa. No acumulado de 2022, o varejo registra alta de 0,5%. Já nos últimos 12 meses, o setor acumula queda de -1,4%%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta sexta-feira (7) pelo IBGE. Na comparação com agosto de 2021, o registro é de alta de 1,6%.

O resultado foi um pouco melhor que o esperado, uma vez que o mercado projetava queda de 0,2% na base mensal. Para o resultado anual, a previsão era de e estabilidade (0,0%), segundo o consenso Refinitiv.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas em julho caiu 0,6% ante julho e 0,7% contra agosto de 2021

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Cinco atividades cresceram

Cinco das oito atividades pesquisadas pelo IBGE em agosto fecharam o mês no campo positivo: Tecidos, vestuário e calçados (13,0%), Combustíveis e lubrificantes (3,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (2,1%), Móveis e eletrodomésticos (1,0%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%).

As atividades com variações negativas foram: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,4%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,2%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,3%).

Já os setores adicionais do varejo ampliado apresentaram comportamento distinto: alta de 4,8% para Veículos e motos, partes e peças e queda de 0,8% para Material de Construção.

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Comparação anual

Quando a comparação é feita com agosto de 2021, as atividade que mais mostraram crescimento foram Combustíveis e lubrificantes (30,2%), Livros, jornais, revistas e papelaria (19,0%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,1%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%).

Outros três setores recuaram na comparação interanual: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,5%), Móveis e eletrodomésticos (-8,5%), e Tecidos, vestuário e calçados (-5,6%).

Ambas as atividades do comércio varejista ampliado registraram queda: Veículos e motos, partes e peças (-4,1%) e Material de construção de (-7,1%).

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Resultados por Estados

Segundo o IBGE, 15 das 27 unidades da Federação tiveram resultados positivos em agosto, com destaque para: Paraíba (+27,1%), Roraima (+3,9%) e Distrito Federal (+3,6%). Já entre as quedas, destacam-se Sergipe (-2,2%), Rondônia (-1,9%) e Pernambuco (-1,7%).

Na mesma comparação, no varejo ampliado, 14 das 27 unidades federativas tiveram alta. As maiores variações positivas foram da Paraíba (+17,2%), Tocantins (+5,4%) e Roraima (+3,8%). Pressionando negativamente, aparecem Espírito Santo (-3,2%), Pernambuco (-2,4%) e Goiás (-1,8%). Já o Rio Grande do Norte teve estabilidade (0,0%) na passagem de julho para agosto.

Ante agosto de 2021, houve resultados positivos em 20 das 27 unidades da Federação, mais uma vez puxados por Paraíba (+35,6%), Roraima (+16,5%) e Mato Grosso (+16,3%). Do lado negativo, os destaques forma do Rio de Janeiro (-6,7%), Pernambuco (-5,0%) e Rondônia (-3,8%). Goiás registrou estabilidade (0,0%).

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No comércio varejista ampliado, 17 unidades tiveram resultados positivos. Entre os destaques estão Paraíba (+22,5%), Mato Grosso (+8,9%) e Amapá (+8,3%). Por outro lado, houve quedas em Pernambuco (-13,3%), Rio de Janeiro (-10,7%) e Bahia (-8,6%).