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O volume de vendas do comércio varejista no Brasil caiu 0,3% em outubro, após ter avançado 0,5% em setembro (dado revisado para baixo, de 0,6% anterior), segundo dados divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com setembro de 2022, houve alta de 0,2% nas vendas, no quinto crescimento consecutivo do indicador.
O consenso Refinitiv projetava crescimento de 0,2% nas vendas no mês e estimava avanço de 1,76% na comparação anual.
O setor acumula alta de 1,6% no ano e de 1,5% em 12 meses. O varejo nacional opera 4,4% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 2,0% abaixo do maior nível da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).
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No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas recuou 0,4% ante setembro.
A média móvel trimestral para o varejo ampliado foi de 0,1% no trimestre encerrado em outubro de 2023. Na série sem ajuste sazonal, o varejo ampliado cresceu 2,5% frente a outubro de 2022, oitavo resultado positivo consecutivo. O acumulado no ano foi de 2,4%, e, em doze meses, de 1,8%.
Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE, comentou em nota que as variações estão muito próximas a zero desde fevereiro, ficando na leitura da estabilidade em todos os meses exceto março (0,7%), maio (-0,6%) e julho (0,7%).
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“Isso mostra um retorno ao comportamento anterior a 2020, após as variações mais acentuadas que observamos no período de pandemia, com números ainda mais tímidos do que o padrão pré-covid. Mas, num cenário de médio prazo, a perspectiva está positiva, com crescimento nos acumulados do ano e em 12 meses”, analisou.
Atividades
A variação de -0,3% no volume de vendas do comércio varejista restrito na passagem de setembro para outubro teve predominância de taxas negativas, atingindo cinco das oito atividades pesquisadas.
A atividade de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação teve queda de -5,7% no mês, seguida por Tecidos, vestuário e calçados (-1,9%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,8%), Combustíveis e lubrificantes (-0,7%) e Móveis e eletrodomésticos (-0,1%).
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Por outro lado, outros três grupamentos pesquisados mostraram alta: Livros, jornais, revistas e papelaria (2,8%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,2%).
“A atividade que puxou mais para baixo foi a de Equipamentos e material para escritório, mas também tivemos atividades de maior peso como Hiper e supermercados e Combustíveis puxando para baixo. Já no campo positivo, o que influenciou para cima foi a atividade de Artigos farmacêuticos. A atividade de Livros e jornais teve uma variação mais alta, mas tem pouco peso”, explico o gerente da pesquisa.
O comércio varejista ampliado apresentou dois resultados positivos: Veículos e motos, partes e peças, com 0,3%, e Material de construção, com 2,8%.
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Comparação anual
No confronto entre outubro de 2023 e outubro de 2022, o comércio varejista apresentou seis setores com resultados negativos: Combustíveis e lubrificantes (-9,5%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-8,4%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-6,8%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-4,8%), Tecidos, vestuário e calçados (-3,4%) e Móveis e eletrodomésticos (-0,4%).
As duas atividades que apresentaram crescimento foram: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,2%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,9%).
Incluindo as atividades do varejo ampliado, Veículos e motos, partes e peças teve resultado de 10,5%, Material de construção cresceu 6,4% e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo teve alta de 8,8% em relação a outubro de 2022.
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Regiões
Em termos regionais, o comércio varejista apresentou resultados negativos em 17 das 27 unidades da federação, com destaque para o Rio de Janeiro (-2,0%), Santa Catarina (-1,4%) e Mato Grosso do Sul (-1,3%).
Por outro lado, pressionando positivamente, figuram 10 estados, com destaque para Maranhão (3,1%), Bahia (1,9%) e Tocantins (1,9%).
Na mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação entre setembro e outubro teve resultados negativos em 11 das 27 unidades da federação, com destaque para: Mato Grosso do Sul (-2,4%), Rio de Janeiro (-2,3%) e São Paulo (-1,9%).
No lado positivo figuram 14 estados, com destaque para Rondônia (4,3%), Pernambuco (3,8%) e Tocantins (2,4%). Rio Grande do Norte e Mato Grosso apresentaram estabilidade (0,0%) na passagem de setembro para outubro.
Ante outubro de 2022, o volume de vendas do comércio varejista mostrou resultados positivos em 11 das 27 unidades da federação. Destacaram-se Tocantins (12,6%), Maranhão (10,1%) e Ceará (9,1%).
Pressionando negativamente aparecem 15 estados, destacando-se Paraíba (-21,8%), Amapá (-13,7%) e Roraima (-7,5%). São Paulo apresentou estabilidade (0,0%) na comparação interanual.
Já no comércio varejista ampliado, o indicador interanual apresentou resultados positivos em 16 das 27 unidades da federação, com destaque para: Maranhão (19,5%), Ceará (13,0%) e Espírito Santo (9,9%).
Pelo lado das quedas, aparecem 11 estados, com destaque para Paraíba (-12,8%), Mato Grosso do Sul (-12,6%) e Roraima (-11,7%).
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