Taxa de desemprego no Brasil foi de 7,6% em janeiro, menor que a esperada

Rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi a R$ 3.078 no trimestre encerrado em janeiro, com a alta de 1,6% no trimestre e de 3,8% no ano; massa salarial bateu novo recorde, chegando a a R$ 305,1 bilhões

Roberto de Lira

Fila em busca de emprego no Rio de Janeiro (Mario Tama/Getty Images)

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A taxa média de desemprego no Brasil foi de 7,6% no trimestre encerrado em janeiro, estável em relação ao trimestre encerrado em outubro, mas acima do 7,4% observados em dezembro, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada nesta quinta-feira (29) pelo IBGE.

Na comparação com o mesmo período de 2023, a taxa de desocupação recuou 0,7 ponto percentual. 

O dado veio abaixo do esperado pelo consenso LSEG de analistas, que previa taxa de 7,8% no primeiro indicador do ano.

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A população desocupada, ou seja, aqueles que estavam em busca de trabalho, chegou a 8,3 milhões, mantendo-se estável na comparação trimestral e recuando 7,8% (menos 703 mil pessoas) no ano. 

A população ocupada do país chegou a 100,6 milhões de trabalhadores, com altas de 0,4% (ou mais 387 mil pessoas) frente ao último trimestre móvel comparável e de 2,0% (ou mais 1,957 milhão de pessoas) no ano.

Rendimento médio e massa salarial em alta

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores chegou a R$ 3.078 no trimestre móvel encerrado em janeiro de 2024, com a alta de 1,6% no trimestre e de 3,8% no ano, já descontados os efeitos da inflação nesses períodos.

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O aumento na comparação trimestral foi puxado pelas altas no rendimento da Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,2%, ou mais R$ 94) e Serviços domésticos (2,5%, ou mais R$ 28).

A coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, reforçou que a alta do rendimento médio habitual da população ocupada nesse trimestre móvel “foi impulsionada pelo setor público formal. No setor privado, o aumento do rendimento foi nas categorias dos trabalhadores sem carteira e dos empregados domésticos sem carteira, segmentos mais informais”.

Na comparação anual, houve alta no rendimento da Indústria (5,3%, ou mais R$ 152), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (5,2%, ou mais R$ 125), Transporte, armazenagem e correio (5,0%, ou mais R$ 140), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,2%, ou mais R$ 133) e Serviços domésticos (2,8%, ou mais R$ 32).

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Além disso, como o rendimento médio e o número de trabalhadores continuaram a crescer, a massa de rendimento subiu 2,1% frente ao trimestre anterior e 6,0% na comparação anual, chegando a R$ 305,1 bilhões, novo recorde da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.