Setor público tem déficit primário de R$ 37,3 bilhões em novembro

Nos doze meses encerrados em novembro, o setor público consolidado foi deficitário em R$ 131,4 bilhões, o equivalente a 1,22% do PIB

Roberto de Lira

(Shutterstock)

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O setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 37,3 bilhões em novembro de 2023, ante resultado também deficitário de R$ 20,1 bilhões em novembro de 2022, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Banco Central do Brasil.

No mês, ocorreram déficits de R$ 38,9 bilhões no Governo Central e de R$ 343 milhões nas empresas estatais, e um superávit primário de R$ 2,0 bilhões nos governos regionais.

Nos doze meses encerrados em novembro, o setor público consolidado foi deficitário em R$ 131,4 bilhões, equivalente a 1,22% do PIB (0,15 ponto percentual acima do déficit acumulado nos doze meses encerrados em outubro). 

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O montante dos juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somou R$ 43,6 bilhões em novembro de 2023, comparativamente a R$ 50,3 bilhões no mesmo mês de 2022.

O resultado mais favorável das operações de swap cambial no mês contribuiu para essa redução (ganho de R$ 18,3 bilhões em novembro de 2023, ante ganho de R$ 7,6 bilhões em novembro de 2022).

No acumulado em doze meses, os juros nominais alcançaram R$ 713,4 bilhões (6,60% do PIB) em novembro de 2023, ante R$ 581,8 bilhões (5,82% do PIB) nos doze meses até novembro de 2022.

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O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 80,9 bilhões em novembro.

No acumulado em doze meses até novembro, o déficit nominal alcançou R$ 844,8 bilhões, equivalente a 7,82% do PIB, comparativamente ao déficit nominal de R$ 834,3 bilhões (7,77% do PIB), acumulado até o mês anterior.

Dívida líquida e dívida bruta

A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu R$ 6,4 trilhões em novembro, o equivalente a 59,5% do PIB, com elevação de 0,3 p.p. do PIB em relação a outubro.

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Esse aumento refletiu os impactos dos juros nominais apropriados (aumento de 0,4 p.p.), do déficit primário (aumento de 0,3 p.p.), da valorização cambial de 2,4% no mês (aumento de 0,3 p.p.), do ajuste de paridade da cesta de moedas que integram a dívida externa líquida (redução de 0,3 p.p.), e da variação do PIB nominal (redução de 0,4 p.p.).

No ano, o aumento de 3,3 p.p. na relação dívida/PIB resultou das contribuições dos juros nominais apropriados (aumento de 6,1 p.p.), do déficit primário (aumento de 1,1 p.p.), do efeito da valorização cambial acumulada de 5,4% (aumento de 0,6 p.p.), do ajuste de paridade da cesta de moedas que integram a dívida externa líquida (redução de 0,3 p.p.), do reconhecimento líquido de ativos (redução de 0,2 p.p.) e do crescimento do PIB nominal (redução de 3,8 p.p.).

A dívida bruta do governo – que inclui Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 73,8% do PIB (R$ 8,0 trilhões), elevando-se 0,1 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.

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Esse resultado foi fruto do impacto dos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 p.p.), e do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,5 p.p.). No ano, o crescimento de 2,1 p.p. na relação DBGG/PIB resultou sobretudo dos juros nominais apropriados (aumento de 6,9 p.p.), das emissões líquidas de dívida (aumento de 0,2 p.p.), do efeito da valorização cambial acumulada (redução de 0,2 p.p.), e do efeito da variação do PIB nominal (redução de 4,8 p.p.).