Sentimento econômico tem nova melhora na Zona do Euro e na UE em dezembro

Aumento do índice foi impulsionado por altas em todos os setores pesquisados, em particular no comércio varejista, serviços e entre os consumidores

Roberto de Lira

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O Indicador de Sentimento Econômico (ESI, na sigla em inglês) subiu tanto na Zona do Euro como na União Europeia em dezembro, no segundo mês seguido de melhora, informou nesta sexta-feira (6) a Comissão Europeia. Na área da moeda comum, indicador avançou 1,8 ponto, para 95,8, e no bloco econômico o índice subiu 1,5 ponto, para 94,2.

O Indicador de Expectativas de Emprego (EEI) manteve-se, bem acima da média de longo prazo (-0,4 pontos para 105,9 na UE e +0,0 pontos, para 107,3 na área do euro.

Na UE, o aumento do índice em dezembro foi impulsionado pelas altas em todos os setores pesquisados e, em particular, no comércio varejista, serviços e entre os consumidores. Entre as maiores economias do bloco, o ESI aumentou na Alemanha (+2,0), Espanha (+1,9), Holanda (+1,5), Itália e Polônia (ambos +0,9), enquanto voltou a recuar na França (-1,3)

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A confiança da indústria aumentou ligeiramente pela primeira vez desde fevereiro (+0,5), impulsionada por uma forte elevação nas expectativas de produção dos gerentes, que foi parcialmente compensada por uma ligeira deterioração adicional nas avaliações dos gerentes sobre o nível atual de carteiras de pedidos gerais e empilhamento de estoques de produtos acabados.

A confiança nos serviços teve uma forte melhora (+2,6), impulsionada por todos os componentes do indicador (situação anterior dos negócios, demanda passada e expectativas de demanda).

A confiança dos consumidores também continuou a sua recuperação (+1,4). Os consumidores mostraram-se mais positivos sobre a situação financeira futura de suas famílias e sobre a situação econômica geral futura, enquanto as opiniões sobre a situação financeira passada da família e as intenções de fazer compras importantes se deterioraram um pouco.

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A confiança do comércio varejista se recuperou acentuadamente (+2,6), uma vez que as avaliações dos gestores sobre a sua situação empresarial esperada e, em particular, a sua situação empresarial passada melhoraram. A queda na avaliação do volume de estoques também contribuiu para a melhora da confiança, sinalizando uma demanda maior.

A confiança na construção aumentou ligeiramente (+0,7), como resultado das expectativas de emprego mais altas dos gerentes combinadas com opiniões praticamente inalteradas sobre o nível de carteira de pedidos.

A confiança nos serviços financeiros (não incluída no ESI) caiu (-0,7), devido a quedas na demanda passada e na situação comercial passada, que foram apenas parcialmente compensadas por expectativas de demanda mais otimistas.

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O Indicador de Expectativas de Emprego praticamente inalterado (-0,4) resultou de melhores planos de emprego na construção, compensados por planos de emprego deteriorados em serviços. Os gerentes dos setores de comércio varejista e indústria esperavam que o emprego em suas empresas permanecesse praticamente inalterado nos próximos três meses.

As expectativas de desemprego dos consumidores, que não estão incluídas no indicador principal, diminuíram pelo segundo mês consecutivo.

Já as expectativas de preço de venda diminuíram em todos os setores de negócios. As expectativas de preços dos consumidores continuaram caindo, enquanto suas percepções sobre a evolução dos preços nos últimos doze meses permaneceram estáveis, em um nível recorde.