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A Rússia realizou uma série de ataques com drones e mísseis de cruzeiro na cidades portuárias ucranianas de Odessa e Mykolaiv nesta terça-feira (18), horas depois de Moscou ter se retirado oficialmente do acordo firmado no ano passado com a Organização das Nações Unidas (ONU) que permitia à Ucrânia exportar com segurança seus grãos por meio de seus portos no Mar Negro. Não foram reportadas vítimas, mas os ataques atingiram alguns alvos de infraestrutura portuárias, segundo informações ainda não confirmadas oficialmente.
Segundo a agência Reuters, o ministro da agricultura da Polônia, Robert Telus acusou a Rússia de usar “grãos como munição”. Ele pediu à União Europeia para auxiliar na logística de grãos, uma vez que se espera um fluxo maior de mercadorias conforme avançar a colheita dos produtos ucranianos.
A chamada Iniciativa do Mar Negro foi assinada em 22 de julho de 2022 em Istambul, na Turquia, e permitiu a criação de corredores marítimos seguros para a exportação de grãos ucranianos de três portos (Odessa, Chernomorsk e Yuzhny). O acordo já foi prorrogado duas vezes, uma por 120 dias, a segunda por 60 dias.
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Desde o início do acordo, mais de 32 milhões de toneladas métricas de alimentos foram exportados para mais de 40 destinos globais. A China recebeu cerca de 8 milhões de toneladas dos produtos agrícolas da Ucrânia.
Os russos insistem que seja cumprida uma segunda parte do acordo, que envolveria o empenho da ONU para que fossem derrubadas sanções e restrições à Rússia para exportar seus produtos e fertilizantes.
A ponte de Kerch, na Crimeia, que foi atingida por explosões na segunda-feira (17), em ataque que os russos atribuíram à Ucrânia, foi parcialmente reaberta ao tráfego hoje.
