Real tem pouca chance de se valorizar frente ao dólar, avalia CIO da Legacy

Moeda americana foi a R$ 5,05 na segunda-feira e forçou o Banco Central a realizar um leilão extraordinário de swap cambial para conter a alta

Bruna Furlani

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Depois de a moeda americana fechar, na última segunda-feira (1), cotada a R$ 5,0588 na venda, no maior valor de fechamento desde 13 de outubro do ano passado, a avaliação de Felipe Guerra, CIO da Legacy Capital, é que não há grande espaço para espaço para apreciação do real frente ao dólar.

“A gente nunca foi otimista com o real, porque o Brasil está cortando juros e o mundo está segurando. O diferencial de juros está na mínima se tirar o período de pandemia”, ponderou o executivo, durante painel no Brazil Investment Forum, evento promovido pelo Bradesco BBI nesta terça-feira (2), em São Paulo.

Guerra também observou que a conta corrente brasileira não parece estar tão boa, diante do recente movimento feito pelo Banco Central. “BC está intervindo no câmbio. A conta corrente brasileira não está tão boa assim, senão ele [BC] não estaria intervindo. Real vejo pouco upside [valorização]”, resumiu o executivo.

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Na véspera (1), a moeda americana terminou o pregão cotada a R$ 5,0588 na venda, alta de 0,86%, maior valor de fechamento desde 13 de outubro do ano passado. O movimento levou o Banco Central a anunciar um leilão extraordinário de swap cambial tradicional a ser realizado na sessão de hoje.

Com isso, o BC venderá no pregão US$ 1 bilhão em contratos de swap cambial, em operação a ser realizada entre 12h30 e 12h40, que busca atender a uma demanda gerada pelo resgate do título NTN-A3, atrelado ao câmbio, previsto para 15 de abril.

Essa operação extra não se confunde com o leilão diário de swaps que vem sendo realizado pelo BC para rolagem dos vencimentos de junho deste ano. Nesta terça-feira, das 11h30 às 11h40, foram colocados à venda 16.000 contratos de swap para rolagem.

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