Preços subiram moderadamente, mas ritmo desacelerou em muitos distritos, diz Fed no Livro Bege

Sumário de opiniões das regionais do Fed diz que preços ao consumidor continuam a subir diante da "demanda sólida e dos custos crescentes"

Estadão Conteúdo

(ShutterstocK)

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O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) afirma, em seu Livro Bege publicado nesta quarta-feira (31), que os preços “subiram moderadamente” no período que abrange a elaboração do documento, um sumário de opiniões que embasa as decisões de política monetária nos Estados Unidos. Segundo ele, o ritmo da alta dos preços “desacelerou em muitos distritos” do país.

O Livro Bege aponta que contatos na maioria dos distritos “esperam um ritmo similar de altas nos preços nos próximos meses”.

Os preços ao consumidor continuam a subir diante da “demanda sólida e dos custos crescentes”, mas vários distritos apontam maior sensibilidade a elevações nos preços por consumidores que no relatório anterior.

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No geral, os custos relacionados a insumos exceto trabalho aumentaram, “mas muitos contatos disseram que as pressões de custos têm diminuído e notaram declínios nos preços para alguns insumos, como transporte naval e certas matérias-primas”, diz o Livro Bege.

Já os preços de residências e aluguéis “subiram levemente, no balanço, na maioria dos distritos, após crescimento pequeno no período anterior.

Atividade

Segundo o Livro Bege, a atividade econômica nos Estados Unidos foi pouco alterada entre abril e o início de maio. De acordo com a publicação, quatro distritos relataram pequenos aumentos na atividade, seis nenhuma mudança e dois declínios leves a moderados.

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As expectativas de crescimento futuro deterioraram-se um pouco, embora os contatos ainda esperassem uma maior expansão da atividade, aponta o Livro.

A atividade industrial foi estável na maioria dos distritos e os problemas da cadeia de suprimentos continuaram a melhorar, afirma a publicação.

As condições financeiras eram estáveis ou um pouco mais apertadas na maioria dos distritos, segundo o Livro.

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Os contatos em vários distritos constataram um aumento da inadimplência no crédito ao consumo, que voltou para mais perto dos níveis pré-pandemia, diz a publicação.

A alta inflação e o fim dos benefícios em virtude da covid-19 continuaram pressionando os orçamentos das famílias de baixa e média renda, impulsionando o aumento da demanda por serviços sociais, incluindo alimentação e moradia, aponta o Livro.