Preços mundiais de alimentos sobem pelo terceiro mês consecutivo em maio, diz FAO

O índice de preços FAO, que acompanha as commodities alimentícias mais comercializadas globalmente, atingiu uma média de 120,4 pontos em maio, um aumento de 0,9% em relação ao nível revisado de abril

Reuters

Produtor segura sua colheita de soja (Foto: Jorge Adorno/Reuters)
Produtor segura sua colheita de soja (Foto: Jorge Adorno/Reuters)

Publicidade

Londres (Reuters) – O índice mundial de preços de alimentos calculado pelas Nações Unidas subiu pelo terceiro mês consecutivo em maio, uma vez que as cotações mais altos dos cereais e dos laticínios compensaram as quedas nos preços do açúcar e dos óleos vegetais.

O índice de preços da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que acompanha as commodities alimentícias mais comercializadas globalmente, atingiu uma média de 120,4 pontos em maio, um aumento de 0,9% em relação ao nível revisado de abril, informou a FAO nesta sexta-feira.

No entanto, a leitura de maio ficou 3,4% abaixo do nível registrado um ano antes.

Continua depois da publicidade

O índice da FAO tinha atingido o nível mais baixo em três anos em fevereiro, uma vez que os preços dos alimentos continuaram a diminuir em relação ao pico recorde estabelecido em março de 2022, após a invasão da Rússia na Ucrânia, país que também exporta produtos agrícolas.

O aumento em maio foi sustentado pelos preços dos cereais, que subiram 6,3% em relação ao mês anterior, em meio a preocupações crescentes com as condições desfavoráveis das safras, que restringem as colheitas de 2024 nas principais áreas produtoras, como o norte da América, a Europa e a região do Mar Negro.

Em um relatório separado sobre oferta e demanda de cereais, a FAO previu que a produção mundial de cereais em 2024/25 será de 2,846 bilhões de toneladas, aproximadamente no mesmo nível da produção recorde de 2023/24, já que a produção de cevada, arroz e sorgo deverá aumentar, compensando as quedas no milho e no trigo.

Continua depois da publicidade

A FAO alertou, no entanto, que as “recentes condições climáticas adversas na região do Mar Negro provavelmente resultarão em um rebaixamento da produção mundial de trigo, uma possibilidade ainda não refletida na previsão”.