Preços ao produtor crescem pelo 2° mês seguido em setembro, puxados por refino de petróleo

IPP subiu 1,11% em setembro ante agosto, mas ainda acumula queda de 7,92% em 12 meses e de 5,43% no ano

Roberto de Lira

Publicidade

Pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) teve variação positiva, subindo 1,11% em setembro ante agosto, informou nesta quinta-feira (26) o IBGE. A inflação da indústria acumula queda de 7,92% em 12 meses e o índice acumulado no ano chegou a -5,43%. Essa é a menor taxa acumulada no ano já registrada para um mês de setembro desde o início da série histórica da pesquisa, em 2014.

Em setembro, 13 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram variações positivas de preço quando comparadas ao mês anterior. Em agosto, apenas 10 atividades tinham apresentado variações positivas de preço em relação ao mês anterior.

As atividades industriais com as variações de preço mais expressivas em setembro foram refino de petróleo e biocombustíveis (8,28%), bebidas (-5,09%), indústrias extrativas (3,86%) e impressão (1,78%).

Continua depois da publicidade

Já as maiores influências vieram de petróleo e biocombustíveis (0,85 p.p.), indústrias extrativas (0,19 p.p.), bebidas (-0,13 p.p.) e outros produtos químicos (0,12 p.p.).

Alexandre Brandão, analista do IPP, afirmou em nota que, assim como ocorreu em agosto, houve aumento nos preços de refino, que é o segundo setor de maior peso na indústria brasileira. “Ele só fica atrás de alimentos, cuja variação recente não a coloca entre as quatro mais expressivas”, explicou.