PMI de serviços do Brasil cresce em janeiro para o nível mais alto desde junho

Índice de gerentes de compras passou de 50,5 em dezembro para 53,1 em janeiro, com demanda aquecida; PMI composto foi a 53,2 no primeiro mês do ano, nível é mais forte desde agosto de 2022

Roberto de Lira

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O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços do Brasil voltou a mostrar crescimento, passando de 50,5 em dezembro para 53,1 em janeiro, informou nesta segunda-feira (5) a S&P Global. O indicador no mês foi o mais alto desde junho do ano passado.

Essa evolução, acompanhada pela expansão do PMI industrial em janeiro anunciada na semana passada (para 52,8), fez o indicador composto crescer para 53,2 no primeiro mês do ano. Esse nível é mais forte desde agosto de 2022.

Segundo a S&P Global, o crescimento da atividade de serviços no Brasil recuperou a força no início de 2024, estimulado por uma sólida expansão de novos pedidos, que foi a mais acelerada desde junho passado.

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As condições favoráveis de demanda e o otimismo em relação às perspectivas para o próximo ano para a atividade também impulsionaram a criação de empregos.

O aumento dos preços de alimentos, combustíveis e serviços públicos (eletricidade, internet e água) contribuiu para um alta mais acelerada dos encargos gerais. Ainda assim, apesar da aceleração desde dezembro, a taxa de inflação foi uma das mais fracas registradas em cerca de três anos e meio.

Pollyanna De Lima, diretora associada econômica da S&P Global Market Intelligence, comentou em nota que, embora as perspectivas de crescimento tenham melhorado consideravelmente nos setores industrial e de serviços, as pressões sobre os preços contidas no primeiro setor contrastaram com a inflação persistente no segundo.

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“As pressões sobre os custos agregados recuaram para o nível mais fraco desde julho, mas a inflação dos preços cobrados na atividade de serviços atingiu a maior alta em oito meses.”

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