Payroll: EUA criam 263 mil empregos em setembro, acima das estimativas

Taxa de desemprego caiu para 3,5% no mês; resultado veio acima da expectativa do mercado, que previa 250 mil vagas e desemprego de 3,7%

Roberto de Lira

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Os Estados Unidos criaram 263 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola em setembro, acima do esperado, e a taxa de desemprego caiu para 3,5%, apontam dados do payroll divulgado nesta sexta-feira (7) pelo Departamento do Trabalho.

O resultado veio acima da expectativa do mercado (que previa 250 mil vagas), mas a projeção era de que a taxa de desemprego permaneceria em 3,7%, segundo o consenso Refinitiv.

Payroll de setembro

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• Vagas de trabalho: +263 mil (estimativa: +250 mil)
• Taxa de desemprego: 3,5% (3,7%)

Salário médio sobe

Em setembro, o salário médio por hora de todos os funcionários em folhas de pagamento não agrícolas privadas aumentou em 10 centavos, ou 0,3%, para US$ 32,46. Nos últimos 12 meses, os ganhos médios por hora aumentaram 5%. Em setembro, o rendimento médio por hora da produção do setor privado e funcionários não supervisores cresceu 10 centavos, ou 0,4%, para US$ 27,77.

A carga de trabalho média ficou em 34,5 horas por semana pelo quarto mês consecutivo. Na manufatura, a semana de trabalho média para todos empregados manteve-se inalterada em 40,3 horas, e horas extras também mantiveram o patamar de 3,2 horas.

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Detalhamento

A taxa de desemprego de setembro, de 3,5%, representou um retorno aos níveis de julho, informou o Departamento do Trabalho. O número de desempregados nos Estados Unidos caiu para 5,8 milhões de pessoas no mês.

Entre os principais grupos de trabalhadores, as taxas de desemprego mostraram pouca variação, exceto entre os hispânicos, que caiu para 3,8% em setembro. Nas demais classes, houve manutenção dos índices: homens adultos (3,3%), mulheres adultas (3,1%), adolescentes (11,4%), brancos (3,1%), negros (5,8%) e asiáticos (2,5%).

O número de desempregados permanentes diminuiu em 173 mil em setembro, para 1,2 milhão. O número de desempregados de longa duração (por 27 semanas ou mais) foi pouco alterado, para 1,1 milhão em setembro. Os desempregados de longa duração representavam 18,5 por cento de todos as pessoas desempregadas.

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A taxa de participação na força de trabalho também foi pouco alterada no mês, para 62,3%, e o a relação emprego-população permaneceu inalterada em 60,1%. Ambas as medidas são 1,1 ponto porcentual abaixo dos números de fevereiro de 2020, antes da pandemia do coronavírus.

O número de pessoas empregadas a tempo parcial por motivos econômicos diminuiu em 306 mil, para 3,8 milhões em setembro. Esses indivíduos, que preferem um emprego em tempo integral, trabalhavam meio período porque suas horas haviam sido reduzidas ou não conseguiam encontrar vagas de tempo integral.

O número de pessoas que não estão na força de trabalho e que atualmente querem um emprego também mudou pouco, para 5,8 milhões em setembro – e permanece acima do nível de 5,0 milhões de fevereiro de 2020.