No Brasil, diretora do FMI pede que BCs mantenham foco na meta de inflação

Em discurso na abertura da reunião na reunião de ministros das Finanças do G20, Kristalina Georgieva citou o BC do Brasil como exemplo positivo, por iniciado mais cedo a alta de juros

Estadão Conteúdo

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva Foto: Mark Wilson/Getty Images)

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A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse que os bancos centrais devem manter-se concentrados em “terminar o trabalho” de levar a inflação à meta.

Em discurso na segunda-feira (26) na reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G-20 (grupo que reúne as maiores economias do mundo), no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, ela disse que será preciso avaliar com cuidado quando e em que nível os BCs devem reduzir os juros mais adiante, para se garantir a convergência da inflação na meta.

Ela citou o Brasil como um exemplo positivo, por ter elevado juros cedo para controlar o quadro inflacionário. Georgieva ainda destacou a reforma tributária brasileira aprovada em 2023 como um caso de sucesso. Segundo ela, é crucial que os países elevem a receita e combatam ineficiências, e nesse sentido o Brasil “tem mostrado liderança nesta área, com sua reforma tributária histórica”, disse.

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Ela advertiu que muitos países estão para trás, com espaço para ampliar suas bases tributárias, fechar brechas e melhorar a administração tributária.

Desde ontem, a cidade de São Paulo sedia as reuniões financeiras do G-20 Brasil, que contará com a presença de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais dos países do grupo. O Brasil assumiu a presidência rotativa do G-20 pela primeira vez em 1.º de dezembro, com mandato de um ano, e realizará 130 reuniões nas cinco regiões do país ao longo dos próximos 12 meses.

Diagnosticado com covid, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tinha uma agenda extensa com base na programação original do encontro, que incluía reuniões com a secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, e com Georgieva, do FMI, para tratar de questões relacionadas ao G-20 e também de bandeiras que são levantadas pelo País, como a busca de soluções para o endividamento de países muito pobres.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.