Não estava confortável em largar guidance, diz Galípolo sobre última reunião do Copom

Para Galípolo, reduzir a magnitude do corte na taxa básica implicaria justificar que tinha acontecido uma mudança substancial no cenário

Reuters

O economista Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a diretoria de Política Monetária do Banco Central (Foto: Pedro França/Agência Senado)
O economista Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a diretoria de Política Monetária do Banco Central (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira (27) que não estava confortável em largar o “forward guidance” usado anteriormente nas decisões da autoridade monetária quando deu seu voto na última reunião do Copom.

O Comitê de Política Monetária do BC (Copom) reduziu neste mês o ritmo de afrouxamento monetário, cortando a Selic em 0,25 ponto percentual, a 10,50% ao ano, após seis reduções consecutivas de 0,50 ponto percentual. Galípolo foi um dos votos vencidos pelo corte de 0,50 p.p.

A decisão do colegiado significou o abandono da orientação futura dada na reunião anterior do Copom, que previa um corte de 0,50 ponto este mês.

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Em um evento promovido pela Liga de Mercado Financeiro da Universidade Federal de Itajubá, Galípolo também disse que reduzir a magnitude do corte na taxa básica implicaria justificar que tinha acontecido uma mudança substancial no cenário que justificava não cumprir o guidance.