Moody’s reitera rating Aaa dos Estados Unidos, com perspectiva estável

Em comunicado, a agência de risco disse que a economia do país permanece resiliente, apesar do impacto da crise do coronavírus

Anderson Figo

SÃO PAULO — A Moody’s reiterou nesta sexta-feira (19) o rating Aaa dos Estados Unidos, com perspectiva estável. Em comunicado, a agência de risco disse que a economia do país permanece resiliente, apesar do impacto da crise do coronavírus.

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“A afirmação do rating Aaa dos EUA é sustentada pelo excepcional poder econômico do país, alto poder institucional e de governança e pelos papéis únicos e centrais do dólar e do mercado de títulos do Tesouro no sistema financeiro global, que entre outros benefícios proporcionam extraordinária capacidade de financiamento”, disse a Moody’s.

Embora a pandemia de coronavírus tenha criado desafios sem precedentes para a economia dos EUA e exacerbado o ritmo de deterioração da posição fiscal do governo, a Moody’s afirmou que espera uma retomada econômica com o tempo e que “o perfil de crédito do país permaneça resiliente ao choque”.

A perspectiva estável, segundo a Moody’s, reflete sua visão de que a diversidade, o dinamismo e a competitividade da economia dos EUA, juntamente com o status do dólar como moeda de reserva internacional proeminente e o enorme mercado de títulos do Tesouro americano, continuarão a compensar as pressões fiscais crescentes.

Os EUA devem ter déficit de 18% do PIB em 2020, segundo a agência de risco, e de 11% em 2021, principalmente por causa das medidas de estímulo à economia geradas pela pandemia de Covid-19. Contudo, até 2030, a Moody’s espera que o déficit recue a cerca de 7% do PIB.

Já a relação dívida/PIB dos EUA deve subir a pouco mais de 120% até 2030 se não houver uma mudança no rumo das políticas nesse intervalo, alertou a Moody’s. No ano passado, a relação dívida/PIB dos EUA estava em torno de 79%.

Riscos

“A força fiscal dos EUA está se deteriorando e espera-se que a deterioração acelere ao longo do tempo, à medida que maiores gastos sociais, pagamentos de juros da dívida e receitas governamentais relativamente mais fracas geram déficits fiscais persistentes”, disse a agência.

“A confiança cada vez menor de que os formuladores de políticas dos EUA tomarão medidas efetivas nos próximos anos para reduzir os déficits orçamentários do governo federal e o aumento contínuo do ônus da dívida podem sinalizar uma futura erosão da força fiscal e institucional, o que prejudicaria o perfil de crédito soberano do país”, completou.

O triplo A é a nota de crédito mais alta que uma agência de risco pode dar a um país — além da Moody’s, a Fitch e a Standard & Poor’s também dão nota máxima aos EUA.

Já o Brasil tem classificação BB- na Fitch e na S&P e Ba2 na Moody’s, no grupo de países com maior chance de calote internacional. Veja a tabela abaixo.

Tabela de ratings
Tabela de ratings

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.