Maior banco da Rússia anuncia saída do mercado europeu

Divisão europeia do Sberbank tinha operação em 8 países. Ações do banco, que é controlado pelo governo russo, estão despencando 84% na bolsa de Londres.

Equipe InfoMoney

Pessoas esperam na fila de caixa eletrônico do Sberbank, o maior banco da Rússia, para sacar dinheiro em Kramatorsk, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 (Foto de Anastasia Vlasova/Getty Images)

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O Sberbank, maior banco da Rússia, anunciou nesta quarta-feira (2) a saída de mercados europeus, dias após o BCE alertar que o Sberbank Europe e suas subsidiárias na Croácia e na Eslovênia estavam “falindo ou provavelmente falindo”.

A porta-voz do Sberbank, Polina Trizonova, afirmou em um comunicado que a subsidiária do banco na Suíça não será afetada pela decisão. “A subsidiária do Sberbank na Suíça não faz parte do Sberbank Europe Group, o banco na Suíça continua funcionando normalmente”.

O Sberbank é o maior banco da Rússia e seu controlador é o governo russo, que detém mais de 50% das ações. A instituição tem capital aberto em bolsa, e seus papéis estão despencando 84% nesta quarta na bolsa de Londres (a London Stock Exchange).

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O banco russo tem clientes em 18 países, incluindo operações na Europa, nos EUA, na Índia e na China, mas países europeus e os Estados Unidos têm adotado uma série de sanções contra a Rússia e empresas russas devido ao ataque do país à Ucrânia.

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Subsidiárias falindo

Na segunda-feira (28), o Banco Central Europeu (BCE) alertou que “o Sberbank Europe e suas subsidiárias na Croácia e na Eslovênia estão falindo ou provavelmente falindo” devido a resgates.

Segundo o BCE, os saques que afetaram o banco eram “resultado do impacto reputacional das tensões geopolíticas” e Sberbank Europe AG e suas subsidiárias na Croácia e na Eslovênia estavam “em situação de insolvência ou em risco de insolvência devido à deterioração da sua situação de liquidez”.

Diante da situação, o Conselho Único de Resolução do BCE declarou no mesmo dia moratória no Sberbank Europe AG, que tem sede em Viena, na Áustria, e possui subsidiárias também na Alemanha, na Bósnia e Herzegovina, na Hungria, na República Tcheca e na Sérvia.

As subsidiárias na Croácia e na Eslovênia retomaram as operações nesta quarta, após serem vendidas para o Croatian Postbank e o NLB, respectivamente, e o Conselho Único de Resolução decidiu que não era necessária nenhuma ação para a matriz austríaca.

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