Inflação mensal na Argentina desacelera pelo 4º mês seguido

Os preços ao consumidor em abril subiram 8,8% em relação a março, em linha com as expectativas dos economistas

Bloomberg

Consumidores pesquisam produtos em um supermercado em Buenos Aires, Argentina (Sarah Pabst/Bloomberg)
Consumidores pesquisam produtos em um supermercado em Buenos Aires, Argentina (Sarah Pabst/Bloomberg)

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A inflação mensal na Argentina desacelerou em abril pelo quarto mês consecutivo, caindo para o território de um dígito pela primeira vez na presidência de Javier Milei.

Os preços ao consumidor em abril subiram 8,8% em relação a março, em linha com as expectativas dos economistas. Em relação ao ano anterior, a inflação acelerou para 289,4%, de acordo com dados do governo publicados nesta terça-feira (14).

As categorias de serviços públicos, comunicação e vestuário registaram os maiores aumentos mensais de preços.

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O plano econômico de “terapia de choque” promovido pelo governo Milei continua a controlar a inflação, às custas de uma recessão cada vez mais profunda, que poderá provocar um desemprego mais elevado. O banco central da Argentina cortou consistentemente as taxas de juro nos últimos meses, num esforço para acabar com a emissão de moeda, resultado dos elevados pagamentos de juros aos bancos e outras instituições que acumulavam reservas nas notas de um dia da autoridade monetária.

Embora Milei tenha alcançado excedentes fiscais mensais, seu governo cortou quase todo o financiamento federal para projetos de obras públicas e gastos com seguridade social, salários do setor público e outros programas. Os empregadores da construção e da indústria entrevistados pelo governo esperam demitir mais trabalhadores do que contratam no segundo trimestre.

Economistas consultados pelo banco central veem a economia contraindo 3,5% este ano.

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