Inflação ao consumidor na zona do euro desacelera para 6,9% em março, mas núcleo continua pressionado

Medição que exclui energia, alimentos e tabaco ficou em 5,7% em março, ante 5,6% em fevereiro e 5,3% em janeiro

Roberto de Lira

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O índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 0,9% em março e, com isso, a inflação acumulada em 12 meses desacelerou de 8,5% para 6,9% em um mês, segundo dados finais divulgados nesta quarta-feira (19) pelo Eurostat, o escritório de estatísticas da União Europeia. Um ano antes, a taxa era de 7,4%. O resultado final de março confirmou as projeções do consenso Refinitiv.

A inflação anual da União Europeia como um todo foi de 0,9% na leitura mensal e de 8,3% em 12 meses, também abaixo dos 9,9% verificados em fevereiro. Um ano antes, a taxa era de 7,8%.

Mesmo com a desaceleração do índice cheio percebida desde outubro, o núcleo de inflação (que exclui as variações dos preços de energia, alimentos e tabaco) na zona do euro ainda mostrou resiliência. A taxa anualizada em março ficou em 5,7%, ante 5,6% em fevereiro e 5,3% em janeiro.

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Os preços de energia caíram 2,2% na medição mensal e ficaram em -0,9% ante março de 2022, enquanto os preços de alimentos, bebidas e tabaco subiram 1,3% no mês, acumulando 15,5% em 12 meses.

A inflação de serviços também está em tendência de alta: foi de 4,4% em janeiro em bases anuais para 4,8%, em fevereiro, e 5,1% em março. Na comparação mensal, subiu 0,6%.

Na comparação com fevereiro, a inflação anual caiu em 25 Estados-Membros e aumentou em dois. Em março as taxas anuais de inflação mais baixas foram registradas em Luxemburgo (2,9%), Espanha (3,1%) e Holanda (4,5%). Já as taxas anuais mais elevadas foram observadas na Hungria (25,6%), Letônia (17,2%) e República Checa (16,5%).