Índice de Sentimento Econômico da zona do euro e na UE tem queda em março

Índice ISE caiu 0,3% no mês tanto na área da moeda comum como no bloco econômico; confiança do consumidor estagnou após cinco meses

Roberto de Lira

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O Indicador de Sentimento Econômico (ISE, na sigla em inglês) teve uma ligeira queda em março. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (30) pela Comissão Europeia, o ISE recuou 0,3 pontos em ambas as leituras, para 99,3 pontos na área da moeda comum e para 97,4 no bloco econômico como um todo. O Indicador de Expectativas de Emprego (EEI) foi de 109,0 na zona do euro (-0,3 ponto) e de 107,6 na UE (-0,1 ponto).

Na UE, a queda do ISE em março foi o resultado de uma confiança ligeiramente menor na indústria, comércio varejista e construção. O sentimento nos serviços e entre os consumidores permaneceu praticamente inalterado.

Entre as maiores economias da UE, o ISE aumentou na Itália (+2,0), Holanda (+0,9) e França (+0,7), enquanto permaneceu praticamente inalterado na Polônia (+0,3), Espanha (+0,1) e Alemanha (- 0,1).

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Indústria

A confiança da indústria voltou a perder força em março (-0,7), devido a um novo revés nas expectativas de produção dos gerentes e a uma ligeira deterioração em suas avaliações do nível atual de pedidos gerais. As avaliações de estoques de produtos acabados permaneceram amplamente estáveis.

Das questões que não entram no indicador de confiança, as avaliações dos gerentes sobre a produção passada também caíram, enquanto a avaliação de suas carteiras de pedidos de exportação aumentou.

Serviços

A confiança nos serviços permaneceu inalterada (0,0), uma vez que as visões deterioradas dos gerentes sobre a situação dos negócios e a demanda passada foram compensadas por expectativas de demanda mais otimistas.

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Consumidor

Após cinco meses de melhora, a recuperação da confiança do consumidor estagnou (-0,1). Os consumidores foram menos positivos sobre a situação econômica geral em seu país, enquanto suas intenções de fazer grandes compras melhoraram.

As opiniões dos consumidores sobre a situação financeira passada de sua família e a situação financeira futura permaneceram praticamente estáveis. A confiança do comércio varejista voltou a cair (-0,6), impulsionada por um novo aumento na avaliação do volume de estoques. As avaliações dos varejistas sobre sua situação comercial passada e a esperada permaneceram estáveis.

Construção

A confiança na construção recuou (-0,4), impulsionada pela deterioração das expectativas de emprego feitas pelos gestores. Suas avaliações do nível de pedidos permaneceram praticamente inalteradas. Mantendo-se em patamar historicamente elevado, a proporção de gestores da construção que apontam a escassez de materiais e equipamentos como fator limitante da atividade construtiva voltou a cair (-2,3 para 17,9%).

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Depois de permanecer praticamente estável em torno de 10% desde agosto de 2022, a parcela de gerentes de construção que aponta para restrições financeiras diminuiu (de -1,3 para 9,0%), enquanto a demanda insuficiente ainda é cada vez mais relatada (de +0,4 para 24,6%).

Serviços financeiros

A confiança nos serviços financeiros (não incluídos no ISE) caiu (-1,7), principalmente devido à deterioração acentuada das expectativas de demanda e, em menor grau, às opiniões sobre a demanda passada, enquanto as opiniões sobre a situação passada dos negócios permaneceram estáveis.