Haddad diz que é exagero afirmar que o governo é negligente com as contas públicas

Ministro disse em Washington que discutirá com Lula formas de fortalecer o arcabouço fiscal como o melhor "remédio" para o momento que o país vive

Reuters

O ministro da Fazenda Fernando Haddad - 26/07/2024 (Foto: Tita Barros/Reuters)
O ministro da Fazenda Fernando Haddad - 26/07/2024 (Foto: Tita Barros/Reuters)

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Washington (Reuters) – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (23) que um fortalecimento do arcabouço fiscal é o melhor “remédio” para o momento que o país vive, ressaltando que discutirá iniciativas relacionadas ao tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em entrevista à imprensa em Washington, onde participa de reunião de ministros do G20, Haddad disse que parece “um pouco exagerado” afirmar que o governo não está tomando conta das contas públicas.

“Estamos agora tendo que repensar essa estratégia para fortalecer o arcabouço fiscal. Eu penso que o fortalecimento do arcabouço fiscal é o remédio mais adequado para o momento que nós estamos vivendo”, disse.

Para o ministro, esse fortalecimento, que buscará adequar receitas e despesas aos parâmetros estabelecidos pela regra fiscal, viabilizará uma melhora das expectativas de mercado para as contas públicas.

“Nós voltaremos (de viagem), vamos ter várias reuniões com ele (Lula) e vamos discutir. Ele é o presidente e vai saber decidir”, disse.

Após a adoção de uma série de medidas arrecadatórias, a equipe econômica vinha sendo pressionada a adotar iniciativas pelo lado das despesas e prometeu que, após o segundo turno das eleições municipais, vai apresentar projetos de controle de gastos.

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Na entrevista, Haddad afirmou estar mais preocupado com o cenário internacional do que com o doméstico, ressaltando ver um bom momento para a economia brasileira, com investidores estrangeiros mais otimistas com o Brasil.