Governo do Japão deseja política monetária flexível, em meio à incerteza dos preços

Esboço de plano econômico anual afirma que o consumo "carece de impulso" e que as perspectivas de preços sofrem com as recentes quedas do iene

Reuters

Distrito comercial de Tóquio, no Japão 19/03/2024 (Foto: Kim Kyung-Hoon/Reuters)
Distrito comercial de Tóquio, no Japão 19/03/2024 (Foto: Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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Tóquio (Reuters) – O governo do Japão enfatizará a necessidade de trabalhar em estreita colaboração com o Banco Central (BoJ) e orientar a política monetária de forma “flexível” na esteira do consumo fraco e da incerteza quanto às perspectivas de inflação, segundo um esboço de seu plano econômico anual que a Reuters teve acesso.

“A política monetária entrou em um novo estágio”, o que exige que o governo e o Banco do Japão “continuem a trabalhar em estreita colaboração e a orientar a política monetária de forma flexível de acordo com a evolução econômica e dos preços”, mostrou o esboço.

Ao manter a inflação estável em torno da meta de 2% do banco central, as autoridades buscarão criar um ambiente em que os salários aumentem mais rapidamente do que a inflação de forma sustentada, segundo o esboço.

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O esboço do documento do governo será apresentado aos parlamentares do partido governista para deliberações, antes de ser finalizado em uma reunião do gabinete em 21 de junho.

No esboço, o governo disse que o consumo “carece de impulso” e que as perspectivas de preços não são claras devido, em parte, ao efeito das recentes quedas do iene.

O governo também destacou os riscos persistentes no exterior, como as consequências do aperto monetário dos bancos centrais em todo o mundo e as preocupações com a fraqueza do crescimento chinês.