Focus: projeções para inflação e PIB sobem em 2021 e 2022

Economistas veem alta de 5,44% do IPCA este ano e crescimento de 4,36% da economia brasileira; apostas para a Selic em dezembro se mantiveram em 5,75%

Mariana Zonta d'Ávila

Ações em alta

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SÃO PAULO – O mercado financeiro revisou para cima, pela nona semana consecutiva, suas projeções para a inflação este ano, desta vez de 5,31% para 5,44%. A alta nas estimativas também foi vista nas projeções para 2022, cuja mediana das apostas subiu de 3,68% para 3,70%, no quarto aumento seguido. Os dados constam no relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central (BC).

O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior, de 5,25%.

Nesta semana, investidores aguardam pelos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referentes ao mês de maio, que devem ser conhecidos na quarta-feira (9). A expectativa é de que o indicador siga em alta, puxado principalmente pelos preços de combustíveis e da energia elétrica.

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Ainda no Focus, os economistas consultados pela autoridade monetária também esperam um melhor desempenho da economia brasileira neste e no próximo ano. As projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 subiram, pela sétima semana, de 3,96% para 4,36%.

Para 2022, as estimativas apontam para uma expansão de 2,31% da atividade econômica, ante crescimento de 2,25% no levantamento anterior.

No primeiro trimestre, o PIB brasileiro cresceu 1,2% na comparação com os três meses anteriores, e 1% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 2,048 trilhões. O resultado foi acima dos 1% e 0,8%, nas comparações trimestral e anual, respectivamente, esperados pelo mercado segundo estimativas compiladas pela Refinitiv.

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Esse dado melhor que o esperado levou a uma onda de revisões para cima das projeções de bancos, corretoras e casas de análise para o desempenho da atividade econômica no ano de 2021. Quando não fomentou uma revisão, ao menos colocou um “viés de alta” nos modelos preditivos dos especialistas. Leia mais aqui.

Com relação à taxa básica de juros, as apostas seguem em um aumento de 0,75 ponto percentual da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no dia 16 de junho, para 4,25% ao ano. A expectativa refletida no Focus é de que os juros encerrem este ano em 5,75% e, o próximo, em 6,50% ao ano – sem alterações em relação à semana anterior.

Por fim, no câmbio, as estimativas se mantiveram em dólar negociado a R$ 5,30, tanto para o fim deste como também do próximo ano.

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