FMI avança em acordo sobre a revisão de pacote de ajuda à Argentina

Equipe técnica do FMI avaliou que a Argentina superou com margens os critérios de desemprenho acertados para o primeiro trimestre; quando conselho do Fundo der o aval, país poderá acessar mais US$ 800 mi

Estadão Conteúdo

Imagem de nota de 100 dólares com foto do presidente da Argentina, Javier Milei - 16/11/2023. (Reuters/Matias Baglietto)

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou, em comunicado na manhã desta segunda-feira (13) que houve um acordo preliminar sobre a oitava revisão do pacote de ajuda à Argentina. Após o conselho do Fundo dar seu aval, o país deve ter acesso ao desembolso previsto na iniciativa, de cerca de US$ 800 milhões.

 

O comunicado diz que, com base no desempenho melhor do que o esperado no primeiro trimestre, uma vez que todos os critérios de desempenho foram cumpridos com alguma margem, “a equipe do FMI e as autoridades argentinas chegaram a entendimentos sobre políticas para continuar a consolidar o processo de desinflação, reconstruir amortecedores externos, apoiar a recuperação e manter o programa nos trilhos”.

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Para o Fundo, há “esforços continuados em andamento para melhorar a qualidade e a justiça da consolidação fiscal”, bem como refinar arcabouços monetário e cambial e enfrentar gargalos ao crescimento.

 

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O FMI considera que as autoridades do país herdaram “uma situação econômica e social muito desafiadora”, mas agiram de modo decisivo em um plano de estabilização, baseado em uma âncora fiscal forte, na recusa ao financiamento monetário e em correções de preços relativos, o que gerou um progresso mais rápido que o antecipado para restaurar a estabilidade macroeconômica e levar o programa “firmemente de volta aos trilhos”.

 

O Fundo vê ainda “esforços significativos para elevar o apoio social às mães jovens e crianças vulneráveis e proteger o poder de compra das pensões”.

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O comunicado ainda afirma que o objetivo de atingir o equilíbrio fiscal geral, sem financiamento líquido do banco central, continua a existir. Na política monetária e fiscal, a prioridade segue a de seguir com o processo de desinflação, fortalecendo as reservas e o balanço do Banco Central da República Argentina (BCRA).

 

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“Na transição para um novo regime monetário (envolvendo competição cambial), a política monetária evoluirá para continuar ancorando as expectativas de inflação e a política cambial se tornará mais flexível, enquanto as restrições e controles cambiais continuarão a ser aliviados conforme as condições permitirem.”