Fed mantém taxa de juros nos EUA pela 4ª reunião seguida e evita sinalizar cortes

Segundo o comunicado do Fomc, o Comitê não espera que seja apropriado reduzir o intervalo da meta até que tenha ganhado maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável para 2%

Roberto de Lira

Sede do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA

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O Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, decidiu nesta quarta-feira (31) pela 4ª reunião seguida manter no mesmo nível os juros básicos da economia do país. A taxa oscila dentro de uma banda entre 5,25% e 5,50% ao ano desde julho. No comunicado, o Fomc evitou sinalizar quanto poderá iniciar o ciclo de cortes de juros.

A decisão veio em linha com o esperado pela ampla maioria dos analistas. O monitor de juros FedWatch, do CME Group apontava até o início desta tarde que 94,8% do mercado apostava na manutenção da taxa, enquanto 5,2% ainda previam uma alta de 0,25 ponto percentual.

Para os diretores do Fed, os indicadores recentes sugerem que a atividade econômica se expandiu a um ritmo sólido e que os ganhos de emprego moderaram-se desde o início do ano passado, mas permanecem fortes, enquanto a taxa de desemprego permaneceu baixa. E que a inflação diminuiu ao longo do ano passado, mas permanece elevada.

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Segundo o comunicado do Fomc, o Comitê não espera que seja apropriado reduzir o intervalo da meta até que tenha ganhado maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável para 2%. 

O Comitê informou ainda considerar que os riscos para atingir seus seus objetivos de emprego e de inflação estão evoluindo para um melhor equilíbrio. “As perspectivas econômicas são incertas e o Comitê permanece muito atento aos riscos de inflação.”

Num tom ainda “hawk” (duro), o Fomc informou que, ao avaliar a orientação adequada da política monetária, vai continuar a monitorar as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas. E renovou o aviso de que  estaria preparado para ajustar a orientação da política monetária caso surjam riscos que possam impedir a consecução dos objetivos do Comité.

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“As avaliações do Comitê terão em conta uma vasta gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais.”