Falta de vacinas contra Covid-19 afeta distribuição da Covax

A meta da Covax é entregar 1,8 bilhão de doses a mais de 90 economias de baixa renda até o início de 2022

Bloomberg

(Pixabay)

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Vários países da África, Ásia e de outras regiões enfrentam falta de vacinas contra a Covid-19 ou estão prestes a ficar sem, meses após receberem as primeiras remessas do programa global destinado à distribuição equitativa de imunizantes.

Quando as vacinas chegaram aos países em desenvolvimento no início do ano por meio da iniciativa Covax, foram consideradas um passo importante para equilibrar o acesso global. Hoje, muitos desses mesmos países enfrentam escassez de vacinas e não sabem quando receberão doações de nações ricas.

Na segunda-feira, um conselheiro da Organização Mundial da Saúde disse que dos 80 países de baixa renda que receberam vacinas por meio do programa, cerca de 40 já não têm imunizantes ou estão prestes a ficar sem.

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“Muito mais da metade dos países ficou sem estoque e está pedindo mais vacinas”, disse o conselheiro Bruce Aylward a repórteres. “Mas, na realidade, deve ser muito mais.”

Na corrida para acabar com a pandemia, é a vacina contra o coronavírus. A desaceleração dos programas de imunização pode facilitar o surgimento de novas variantes que podem voltar a elevar o número de casos de Covid-19 ou colocar pessoas já vacinadas novamente em risco.

Países com orçamentos de saúde apertados podem ser obrigados a entrar no mercado privado, mais custoso. E se os estoques de vacinas não forem reabastecidos, populações vulneráveis de idosos e profissionais de saúde terão que esperar mais pela segunda dose.

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Sete países da África, incluindo Costa do Marfim, Gâmbia e Quênia, já usaram todos os imunizantes fornecidos pela Covax, de acordo com a OMS, enquanto nações na Ásia, América Latina e outras regiões correm risco de esgotar os estoques. Em resposta, muitos estão desacelerando ou adiando os programas de vacinação enquanto aguardam novas remessas ou procuram fontes alternativas.

A meta da Covax é entregar 1,8 bilhão de doses a mais de 90 economias de baixa renda até o início de 2022. Até agora, o programa enviou apenas 88 milhões – quase o mesmo número de doses já administradas nos estados da Califórnia, Texas e Nova York, de acordo com o rastreador de vacinas da Bloomberg. O programa depende muito da vacina de duas doses da AstraZeneca, mas foi prejudicado por atrasos nos embarques de um fabricante importante desse imunizante, o Serum Institute of India, depois que o governo indiano suspendeu as exportações para combater a pandemia.

Na África, a Costa do Marfim usou cerca de 730 mil doses da vacina da AstraZeneca e agora conta com cerca de 100 mil doses da Pfizer recebidas na semana passada. O país tenta comprar milhões de doses adicionais para manter a confiança da população no programa e garantir a proteção completa para os que receberam a primeira dose.

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