Exxon desiste de projeto no Brasil, diz WSJ; empresa afirma que seguirá no país

No entanto, a empresa não descarta projetos futuros no país, acrescentou a reportagem, citando fontes.

Reuters

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Matéria atualizada às 13h45 com posicionamento da Exxon Mobil

– A Exxon Mobil encerrou um grande projeto exploratório para encontrar petróleo no Brasil, informou o Wall Street Journal nesta quarta-feira, citando pessoas familiarizadas com o assunto.

Após a publicação da reportagem, a Exxon disse que está engajada em atividades no Brasil e vai continuar explorando oportunidades no país, visto como “uma região importante no futuro da empresa”.

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“Os projetos brasileiros permanecem no caminho da companhia e fazem parte da estratégia global e dos planos de negócios”, afirmou a Exxon, em nota, que não fez referência à reportagem do jornal norte-americano.

Segundo o Wall Street Journal, a gigante de petróleo e gás interrompeu a atual perfuração na área offshore que adquiriu com parceiros por 4 bilhões de dólares em 2017, depois de falhar pela terceira vez em encontrar quantidades comercialmente viáveis de petróleo.

A empresa transferiu geólogos e engenheiros que trabalharam na campanha de perfuração de seus escritórios no Rio de Janeiro para outros países, incluindo Guiana, Angola e Canadá, segundo o Wall Street Journal.

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A Reuters mostrou no ano passado que a companhia estava com dificuldades para encontrar petróleo na costa brasileira, com poços perfurados em dois blocos –apelidados de Opal e Titã– não mostrando potencial suficiente para justificar a instalação de uma plataforma.

A companhia havia apostado bilhões de dólares em perfuração offshore no Brasil, e o país era uma das três áreas geográficas com as quais a empresa contava para a maior parte de sua produção futura.

Os outros dois –a Guiana e os EUA– estão tendo bom desempenho, mas a Exxon ainda não fez uma grande descoberta de petróleo como operadora nas águas do Brasil.

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A petroleira norte-americana, que está há mais de 100 anos no Brasil, possui participação em 26 blocos nas bacias de Campos, Santos e Sergipe-Alagoas, sendo operadora de 17 deles.

Boa parte dos ativos exploratórios atuais da Exxon foram arrematados em leilão em 2017, quando a companhia retomou uma atuação mais forte na área depois de duas tentativas fracassadas de encontrar petróleo no país.

Em alguns blocos em que é operadora, a Exxon tem como parceiros a Qatar Petroleum na Bacia de Santos; a Petrobras e a Qatar na Bacia de Campos; e Enauta e Murphy na Bacia Sergipe-Alagoas.

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“O nosso programa inicial de perfuração de exploração está agora completo. Continuamos a trabalhar com nossos parceiros, analisando os dados adquiridos do extenso programa de perfuração e avaliando o potencial para futuras atividades de exploração nesses blocos”, disse a Exxon nesta quarta-feira.

Procurada, a Enauta disse que não comentaria. A Petrobras não respondeu imediatamente.

A companhia ressaltou ainda que compõe o consórcio que explora o campo de Bacalhau, com previsão de produção do primeiro petróleo em 2025.

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Em Bacalhau, operado pela Equinor, a norueguesa tem 40%, a Exxon tem fatia de 40% e a Petrogal Brasil os outros 20%.

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