Exportações da China caem 14,5% em julho ante 2022, maior retração desde o início da pandemia

Projeção era de um recuo de 12,5% ante julho do ano passado; a importações, por sua vez, caíram 12,4% em julho em relação a 2022

Roberto de Lira

(Shutterstock)
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As exportações da China recuaram 14,5% em julho em relação ao mesmo mês do ano passado, para o equivalente a US$ 281,76 bilhões, segundo dados divulgados nesta terça-feira (8) pela Administração Geral da Alfândega do país. Além de a queda ter sido mais intensa que a esperada pelo mercado – a projeção era de -12,5% – também foi o maior declínio desde fevereiro de 2020, no início da pandemia de covid-19. Em junho, a queda tinha sido de 12,4%.

As importações, por sua vez, caíram 12,4% em julho em relação ao ano anterior, para US$ 201,16 bilhões, mais que os 6,8% de retração em junho e também abaixo das expectativas de uma retração de 5%.

Com esse desempenho de embarques e desembarques, o superávit comercial total da China foi de US$ 80,6 bilhões em julho, ante US$ 70,62 bilhões em junho.

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Os embarques para os países do Sudeste Asiático, maior parceiro comercial da China, que sempre forneceram grande apoio à balança chinesa, caíram 21,43% em julho em comparação com o ano anterior, marcando o segundo declínio mensal consecutivo.

As exportações para a União Europeia recuaram 20,62%. ano a ano, enquanto os embarques para os Estados Unidos caíram pelo 12º mês consecutivo, com retração de 23,12% em julho.