Economistas do Fórum Econômico Mundial se dividem sobre recuperação global e risco de recessão

Pesquisa com economistas-chefes mostra que 45% veem recessão global como "provável", enquanto outros 45% a consideram "improvável"

Estadão Conteúdo

(Shutterstock)

Publicidade

O Fórum Econômico Mundial afirma que economistas mostram-se divididos sobre a perspectiva de recuperação global, sem consenso sobre eventual recessão em 2023, mas esperam retomada do crescimento na Ásia. Em relatório, a entidade publica sua edição de maio da pesquisa Perspectiva dos Economistas-Chefes, segundo a qual eles também consideram que quebras recentes de alguns bancos não são sinal de vulnerabilidade sistêmica, mas esperam a ocorrência de mais turbulências.

No levantamento, 45% dizem que uma recessão global neste ano é “provável”, enquanto outros 45% a consideram “improvável”. Ainda nesse universo, 76% acreditam que os bancos centrais terão dificuldade para reduzir a inflação, no quadro atual. Os especialistas esperam que as dinâmicas de crescimento e inflação tenham grandes variações entre as regiões.

O Fórum Econômico Mundial vê um “fortalecimento notável nas expectativas de crescimento” desde sua pesquisa de janeiro deste ano, mas com claras diferenças entre as regiões. Mais de 90% dos economistas-chefes esperam ao menos crescimento moderado no leste asiático e no Pacífico e no sul da Ásia. Já para a Europa, três quartos projetam crescimento fraco ou muito fraco.

Ebook Gratuito

Como analisar ações

Cadastre-se e receba um ebook que explica o que todo investidor precisa saber para fazer suas próprias análises

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Nos EUA, há mais otimismo em março e abril que em janeiro, mas ainda com divisão sobre a perspectiva, diante de incertezas sobre a estabilidade financeira e o ritmo provável do aperto monetário.

Nos preços, houve claro aumento em todas as regiões nas expectativas de inflação elevada em 2023, com 76% dos economistas-chefes dizem que esperam altas mais agudas nos preços em muitos países.

Segundo 90% dos analistas ouvidos, a inflação deve estar alta na Europa neste ano e, para 68%, elevada nos EUA, aponta a pesquisa.