CPI da zona do euro desacelera para 8,6% em janeiro, dentro do esperado

O núcleo da inflação, que exclui as variações de energia, alimentos, bebidas e tabaco, se manteve praticamente estável, em 5,3% no mês

Roberto de Lira

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O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro ficou em -0,2% em janeiro ante dezembro. Com isso, a taxa anualizada de inflação na área da moeda comum desacelerou para 8,6%, ante 9,2% um mês antes. Os dados são do Eurostat, o escritório de estatísticas da União Europeia.

Um ano antes, a inflação anual estava em 5,1%.

O dado veio em linha com o consenso Refinitiv, que previa a deflação de 0,2% na comparação mensal e alta de 8,6% na anual.

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Em janeiro, os preços da energia estavam 18,9% mais altos do que um ano antes, o que também representou uma desaceleração, uma vez que em dezembro os preços dessa categoria estavam 25,5% mais altos.

A inflação anualizada de alimentos, bebidas e tabaco, no entanto, foi de 14,1%, mais alta que os 13,8% de dezembro. A inflação de serviços se manteve nos mesmo 4,4% de um mês antes.

O núcleo da inflação, que exclui as variações de energia, alimentos, bebidas e tabaco, se manteve praticamente estável em 5,3% em janeiro, ante 5,2% em dezembro.

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A inflação da União Europeia em janeiro foi de 0,2% na margem e de 10,0% ante janeiro de 2022, também abaixo da verificada em dezembro, que estava em 10,4% em dezembro. Um ano antes, a taxa era de 5,6%.

As taxas anuais mais baixas do CPI foram registradas em Luxemburgo (5,8%), Espanha (5,9%), Chipre e Malta (ambos 6,8%). Já a inflação mais alta foi observada na Hungria (26,2%), Letônia (21,4%) e República Checa (19,1%).