Coronavírus pode durar até novembro no Brasil, diz estudo

Na última sexta-feira (8), tivemos recorde de 751 mortes em 24 horas, de acordo com dados do Ministério da Saúde

Giovanna Sutto

Máscara é segurada por pessoa na pandemia de Covid-19 (Getty Images)

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SÃO PAULO – A pandemia do coronavírus pode acabar apenas em meados de novembro no Brasil, segundo estima um estudo da Universidade de Tecnologia e Design de Cingapura atualizado nesta segunda-feira (11). O país já enfrenta uma crise econômica devido ao avanço do vírus e a necessidade da quarentena, maneira mais eficaz de diminuir a taxa de contágio atualmente.

A situação do vírus no Brasil é complicada: na última sexta-feira (8), foi registrado recorde de 751 mortes em 24 horas, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

A análise da universidade traz uma estimativa teórica de quando o vírus deve parar de circular em 19 países. Para o Brasil, a data foi estimada em 180 dias a partir de 7 de maio. “As mudanças nos eventos teóricos previstos, como as datas finais teóricas, nos permite medir a incerteza enraizada nos cenários do mundo real”, diz o estudo.

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Basicamente, essa mudança de datas é medida pela chamada “volatilidade”. “Se o desvio padrão das datas finais previstas for pequeno (independentemente de sua precisão), indica que os cenários não estão mudando. Se for alto, isso pode implicar que mudanças estão acontecendo”, explica o texto.

No caso do Brasil, a previsão é a maior entre os países apresentados. “O Brasil se destaca com uma data final muito distante e alta volatilidade, indicando um mundo real indesejável e incerto no cenário atual, o que exige cautela e ações preventivas”, diz o estudo.

Os EUA também têm um tempo longo para o seu final teórico, pouco mais de cinco meses, o que indica que o vírus deve parar de circular em meados de outubro. Mas, de acordo com o estudo, o país apresenta “bastante estabilidade nas previsões”.

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A Suíça, por exemplo, é um caso desejável com uma data final de pouco mais de 70 dias, também contabilizados a partir de 7 de maio. É o menor período estimado e o país apresenta a menor volatilidade. Segundo o estudo, o Brasil ainda está no início do ciclo de vida pandêmico.

O estudo ressalta que as previsões são importantes, “mas que são difíceis dado o cenário de extrema incerteza e um problema tão grave como a pandemia de Covid-19”.

“Por isso, pretendemos explorar os valores do monitoramento preditivo para lidar com a incerteza das previsões e fazer o uso dos resultados para os bens adequados. Monitoramento preditivo significa o monitoramento contínuo das previsões de eventos futuros cruciais, como a flexão e final da curva do ciclo de vida pandêmico, juntamente com os dados reais do histórico até o momento”, diz o estudo.

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A Universidade John Hopkins, que monitora o avanço da pandemia, contabiliza, no mundo, mais de 4,1 milhões de casos confirmados da doença e mais de 280 mil mortes.

No Brasil, são 162.699 casos confirmados e 11.123 mortes, segundo dados do Ministério da Saúde desta segunda-feira por volta das 11h.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.