Confiança do consumidor recua em maio para o nível mais baixo em um ano, diz FGV

ICC caiu 4,0 pontos em maio, para 89,2 pontos, conforme dados da FGV; patamar é o mais baixo desde maio de 2023, quando o indicador ficou em 88,2

Roberto de Lira

Consumidores fazem compras no centro de São Paulo (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)

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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 4,0 pontos em maio, para 89,2 pontos, após duas altas consecutivas, informou a Fundação Getúlio Vargas nesta sexta-feira (24). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou em 0,2 ponto, para 91,2 pontos, retornando ao nível de fevereiro deste ano.

Esse patamar do ICC é o mais baixo desde maio de 2023, quando o indicador ficou em 88,2.

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Segundo Anna Carolina Gouveia, economista do FGV/Ibre, a piora da confiança do consumidor foi influenciada especificamente pela deterioração das expectativas para os próximos meses, enquanto a percepção sobre a situação atual ficou estável, em patamar desfavorável.

“O resultado mais que devolve as altas dos últimos dois meses, levando o indicador para o menor nível desde abril do ano passado (87,5 pontos). A forte queda nas expectativas foi, principalmente, influenciada pelo desastre ambiental no Rio Grande do Sul, com impactos nas condições de vida dos cidadãos e incertezas em relação à economia local”, comentou em nota.

O Índice de Expectativas (IE) recuou em 6,7 pontos, para 95,5 pontos, menor nível desde dezembro de 2022 (94,6 pontos). Por outro lado, o Índice da Situação Atual (ISA) estabilizou em 80,6 pontos.

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Entre os quesitos que compõem o ICC, o que mede o ímpeto de compras de bens duráveis foi o que apresentou a maior contribuição para a queda da confiança no mês ao recuar 8,3 pontos, para 78,8 pontos, atingindo o menor nível desde outubro de 2022 (78,1 pontos).

A queda também foi observada nos indicadores que medem as perspectivas para as finanças futuras das famílias e para a situação futura da economia, que caíram 6,1 e 4,7 pontos, para 100,1 e 108,3 pontos, respectivamente.

A estabilidade nas avaliações sobre o momento foi observada na percepção sobre a economia local, onde o indicador permaneceu em 92,3 pontos após duas altas consecutivas e o indicador que mede a  percepção sobre as finanças pessoais das famílias variou positivamente em 0,1 ponto, para 69,3 pontos.